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Política

Delator diz que Puccinelli teria recebido R$ 2,3 milhões para pagar Odebrecht

Suposta propina teria sido usada para reeleição do ex-governador
Arquivo -

Suposta propina teria sido usada para reeleição do ex-governador

O ex-governador de Mato Grosso do Sul, (PMDB), foi citado em delação premiada do ex-diretor da construtora Odebrecht, João Antonio Pacífico Ferreira, por ter recebido propina de R$ 2,3 milhões. O valor teria sido usado, conforme o delator, para custear a campanha de Puccinelli a reeleição do Governo do Estado, em 2010.

A delação à força-tarefa da foi revelada pelo portal de notícias G1. No vídeo em que dá detalhes do esquema de propina que envolvia políticos de todo o Brasil, Pacífico explica como ocorreram as negociações com o governo Puccinelli.

O delator conta que o Governo do Estado possuía dívida de mais de R$ 79 milhões com a Odebrecht em razão da obra da MS-030, executada pela Companhia Brasileira de Projetos e Obras (CBPO) nos anos 80. Anos mais tarde, a CBPO foi comprada pela Odebrecht.

As negociações para que a dívida fosse quitada pelo Estado se estenderam durante anos. Em 2007, quando Puccinelli venceu primeiro mandato para governar o Estado, as conversas foram retomadas.

Depois de conseguir reduzir o valor da dívida em praticamente 70%, o governador definiu que quitaria o débito de R$ 23,4 milhões em cinco parcelas, mas não fez o pagamento.

Mais três anos se passaram e Puccinelli retomou as negociações com a Odebrecht em 2010, ano de eleição. Para que a dívida fosse definitivamente paga à construtora, o governador recebeu como propina 10% do valor combinado. O valor de R$ 2,3 milhões foi repassado ao governador por intermédio de um empreiteiro “famoso na cidade”, de acordo com o delator João Pacífico. Depois de receber a propina em setembro de 2010, o Governo do Estado quitou a dívida com a Odebrecht em janeiro de 2011.

O então secretário de Obras de Puccinelli, Edson Giroto, também teria participado das negociações e segundo o delator recebeu R$ 300 mil para campanha à Câmara Federal, na qual saiu vencedor com 11,5% dos votos dos sul-mato-grossenses.

OUTRO LADO

A reportagem tentou contato por telefone com André Puccinelli e Edson Giroto, mas nenhuma ligação foi atendida. O ex-governador também foi procurado pessoalmente no escritório, na Rua 15 de Novembro, mas não foi encontrado.

Por telefone, o advogado de Puccinelli, Renê Siufi, afirmou que ainda não tomou conhecimento da citação do ex-governador nas delações de ex-funcionários da Odebrecht.  

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