Defesa de Temer pede para STF arquivar pedido de inquérito

 O pedido foi distribuído para o ministro Luis Roberto Barroso

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 O pedido foi distribuído para o ministro Luis Roberto Barroso

A defesa do presidente Michel entrou, nesta sexta-feira (19), com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para arquivar o pedido de inquérito contra ele, aberto nesta quinta-feira. O pedido foi distribuído para o ministro Luis Roberto Barroso. As informações são do jornal O Globo.

O presidente foi oficialmente implicado na Lava Jato na quinta-feira (18) após o STF autorizar investigações sobre os conteúdos das delações da JBS. No final da tarde de quarta-feira (17), uma publicação do colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim, trouxe à tona as delações dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

Os empresários disseram em delação à Procuradoria-Geral da República (PGR) que gravaram o presidente Michel Temer dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois que ele foi preso na operação Lava Jato.

Aécio Neves foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley. O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB, numa cena devidamente filmada pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho dos reais. Descobriu que eles foram depositados numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).

Posteriormente, os áudios da conversa com o Presidente e os vídeos das delações foram divulgados. Além disso, o empresário Joesley Batista, do grupo JBS, afirmou que, a pedido do presidente Michel Temer, aceitou fazer pagamentos totais de R$ 4,7 milhões de 2010 a março de 2017, incluindo um “mensalinho” de R$ 100 mil e um repasse, em espécie, de R$ 300 mil para as mãos do marqueteiro de confiança do presidente, Elsinho Mouco.

Os dados constam de um “anexo” entregue por Joesley à PGR (Procuradoria Geral da República), segundo revelou nesta sexta o site “O Antagonista”. O “anexo” é um roteiro do que o empresário pretendia contar ao Judiciário caso tivesse aprovado o acordo de delação premiada com a PGR. A segunda etapa é a confirmação desses dados, em depoimentos.

No “anexo”, Joesley descreve que o seu relacionamento com Temer começou em 2010, quando foi apresentado ao peemedebista pelo ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi. Segundo Joesley, Rossi lhe disse “que era afilhado político de Michel Temer e operava com ele no Porto de Santos”. (Texto alterado às 17h44 para acréscimo de informações).

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