Defensor de Temer, Marun quer CPI da delação da JBS

Parlamentares colhem assinaturas para instalar comissão

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Parlamentares colhem assinaturas para instalar comissão

Aliado fiel do presidente Michel Temer (PMDB), o deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) quer que a Casa instale uma CPI mista (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os termos firmados entre a PGR (Procuradoria-geral da República) e os proprietários da JBS Foods, Wesley e Joesley Batista e o suposto ‘lucro’ obtido pela empresa após o acordo. A CPI também é reivindicada no Senado, e nos bastidores, conforme o jornal O Estado de S. Paulo, já é chamada de ‘CPI do Joesley Batista’.

“A ideia é que iniciemos amanhã a coleta de assinaturas para a abertura de uma CPI que analise especificamente a questão do acordo de delação premiada firmado com a JBS. Isso tem que ser investigado. Existem muitas explicações a serem fornecidas. Esperamos contar com a anuência da oposição”, disse Marun ao jornal Valor Econômico.Defensor de Temer, Marun quer CPI da delação da JBS

Conforme o Valor, Marun também afirmou que o PMDB, por meio do deputado Hildo Rocha (MA), apresentará um requerimento para que sejam ouvidos nas Comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Finanças e Tributação da Câmara os presidentes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da bolsa de valores brasileira.

“Precisamos ouvi-los para que possamos ter uma melhor noção sobre quem ganhou dinheiro e quem perdeu dinheiro com essa confusão provocada. Vamos começar a coletar assinaturas. Não vão faltar assinaturas para que possamos abrir essa CPI”, declarou.

CPI do Joesley

Outro parlamentar que colhe assinaturas para instalar CPI no Congresso é o tucano Ataídes Oliveira (PSDB-TO). O jornal Estadão explica que o senador afirmou à Coluna que vai pedir a convocação de Joesley e Wesley Batista para que expliquem os ganhos bilionários. “Se não vierem por bem eles virão coercitivamente”, disse ele.

A CVM abriu cinco investigações para apurar o caso, segundo o jornal. O órgão apura se há o crime de insider tradingem. A gravação compromete o presidente Temer e mais de mil políticos.

Segundo o Estadão, a empresa de PricewaterhouseCooper, autorizada pela CVM, também é alvo de investigação. Ataídes disse ao jornal que a empresa terá que explicar auditoria feita na Petrobrás. O senador disse que já conversou com os líderes dos partidos aliados ao governo e recebeu deles apoio para a CPI Mista. O senador estima que terá o apoio de 171 deputados e 27 senadores para viabilizar a comissão de inquérito.

Conteúdos relacionados

professores