Filiados citam demissão de funcionários e projeto pessoal

A situação do Partido dos Trabalhadores, que venceu as últimas quatro eleições presidenciais no Brasil, no país é conturbada, depois que várias lideranças do partido se tornaram alvos da Operação Lava Jato, e em Mato Grosso do Sul a sigla deve perder centenas de militantes, descontentes com a direção do diretório regional.

Ex-presidente do diretório municipal do PT e ex-vereadora da Capital, Thais Helena é uma das que está de saída do partido. Ela estima que pelo menos 300 pessoas devem apresentar na tarde desta sexta-feira (15) seu pedido de desfiliação na sede do partido, presidente atualmente em Mato Grosso do Sul pelo deputado federal Zeca do PT.Debandada: com críticas a líderes locais, PT em MS terá desfiliação em massa

“Infelizmente o PT MS está num projeto que não é coletivo, mas de poder e de família”, disse a ex-vereadora.

Ela afirma que o partido não soube transmitir à população os ganhos conquistados durante as gestões do PT, tampouco o grupo que está de saída não enxerga no atual momento condições de uma política diferente.

“Nós tivemos muitos acertos e o PT não consegue mostrar os ganhos, mas realmente algumas lideranças erraram e reconhecer o erro é importante para projeto alvo novo”, frisou.

O grupo que está de saída cita o episódio da demissão dos funcionários do diretório do partido, da gestão do ex-deputado federal Antônio Carlos Biffi, que precedeu Zeca na presidência do PT MS, que ainda não receberam os direitos trabalhistas.

Biffi deve ser um dos nomes a deixar o partido, apesar de não retornar a tentativa de contato da reportagem, sua assessoria já divulgou a ‘debandada’ do partido. Ele é cogitado no PDT. Já Thais Helena revelou que, pelo menos por ora, não pretende se filiar a nenhuma outra sigla, mas deve continuar na militância de movimentos sociais.

A reportagem tentou contato com o deputado Zeca do PT, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.