Um juiz será consultado antes da divulgação de irregularidades
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Propina, em curso na Assembleia Legislativa, quer evitar o vazamento de informações fiscais dos termos de acordo celebrados entre o governo estadual e o grupo JBS.
Nesta quinta-feira (29), um dia após a entrega dos documentos da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), o presidente da CPI, deputado Paulo Corrêa (PR), revelou que os trabalhos ainda não começaram na análise do material, uma vez que a equipe uma assinatura digital do secretário na documentação, como forma evitar possíveis vazamentos.
Corrêa também destacou que um juiz será consultado e precisará dar um aval antes da comissão divulgar possíveis irregularidades a serem encontradas na análise da documentação fiscal entregue pelo governo e da própria empresa, cujo prazo dado pela CPI termina, de fato, na próxima segunda-feira (3).
Somente um dos TAREs (Termos de Ajuste de Regime Fiscal) entregues pelo secretário Marcio Monteiro (PSDB) à comissão diz respeito a um montante de R$ 288 milhões, dos quais cerca de R$ 90 milhões estão sob suspeita de irregularidades.
Trabalho
Segundo Paulo Corrêa os três auditores fiscais designados para auxiliar na CPI trabalharam todos os dias, para fechar uma espécie de balanço diário, enquanto os parlamentares que integram o grupo, seu reunirão sempre às quartas-feiras, em audiência aberta ao público.
O presidente da CPI alegou ainda que como os servidores da comissão não receberão hora-extra pelo serviço, os trabalhos de investigação do suposto esquema de propina farão uma pausa entre os dias 17 a 31 de julho, durante o recesso parlamentar da Assembleia.