André Puccinelli Júnior não está na ‘lista de proibidos’ do pai, diz Siufi
Ex-governador não pode se relacionar com demais investigados pela PF
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Ex-governador não pode se relacionar com demais investigados pela PF
Apesar de ter sido levado coercitivamente para depor, e figurar no âmbito da 4ª fase da Operação Lama Asfáltica, denominada Máquinas de Lama, o advogado e professor universitário André Puccinelli Junior pode manter contato com o pai, o ex-governador André Puccinelli (PMDB).
O peemedebista recebeu como medida restritiva a proibição de manter contato com demais investigados pela Polícia Federal nos desdobramentos da Lama Asfáltica, como o ex-secretário ajunto da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), André Cance, e o empresário Mirched Jafar Junior, dono da Gráfica Alvorada, ambos presos preventivamente ontem, quinta-feira (11).
“O filho não está no rol”, explicou Renê Siufi, advogado de Puccinelli, pai, no processo que tramita na Justiça Federal no qual o ex-governador é acusado da prática de sete crime, cujas penas somadas ultrapassam 60 anos de prisão.
Puccinelli Júnior apareceu na investigação em virtude da compra de livros jurídicos de sua autoria por uma empresa de outro ramo, que depois doou teria doado o material para um sócio do advogado.
Além de tornozeleira eletrônica, as medidas restritivas impostas pela Justiça Federal ao ex-governador incluem pagamento de uma fiança de R$ 1 milhão, obrigação de não manter contato com demais investigados, proibição de sair da Capital por mais de 10 dias sem autorização judicial e obrigação de estar em casa todos os dias até no máximo as 21hs.
Operação
Agentes da Polícia Federal, CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal deflagraram na manhã de ontem, quinta-feira (11), a 4ª fase da Operação Lama Asfáltica, batizada de Máquinas de Lama, que tenta desmontar o que os agentes classificaram de ‘organização criminosa’, acusada de desviar recursos públicos durante o governo de André.
Segundo a Polícia Federal, os desvios eram feitos por meio de direcionamento de licitações públicas, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos e corrupção de agentes públicos, que resultaram em um prejuízo de cerca de R$ 150 milhões aos cofres públicos.
Para justificar a propina, o grupo alugava máquinas e equipamentos utilizados em obras do governo estadual. As investigações mostraram que tais negociações de locação nunca existiram de fato, foram feitas apenas para dar uma origem lícita aos recursos financeiros. Foram estes alugueis que serviram para batizar a operação de Máquinas de Lama.
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