Assembleia vai instaurar comissão para investigar

O presidente da Assembleia Legislativa apresentou no plenário da Casa, durante a sessão desta quarta-feira (16), parecer favorável à abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que vai apurar existência dos chamados ‘servidores fantasmas’, bem como prática de nepotismo cruzado com Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Câmara da Capital, de 1986 a 2016.

“Já que tiveram trabalho de investigar minha vida, que tenham trabalho de investigar dos demais. Se acharam que ia ser só um comentário de campanha e ia ficar por isso mesmo, o tiro saiu pela culatra”, disparou o autor do projeto, deputado Marquinhos Trad (PSD).

O presidente da Casa, deputado Junior Mochi (PMDB), explicou que após a leitura do parecer favorável, o projeto será publicado no Diário Oficial da Assembleia, e encaminhado para Marquinhos, que terá 5 dias para promover alguma mudança no documento.

Mochi afirmou que o período compreendido no pedido de Marquinhos pode inviabilizar a CPI, já que os membros da comissão terão 120 dias para concluir os trabalhos, que vão apurar toda documentação de servidores da Casa dos últimos 30 anos.

Marquinhos já frisou que não pretende alterar o objeto da CPI. Segundo o prefeito eleito da Capital, uma possível mudança no período excluiria questões ligadas à sua própria nomeação ou fatos ligados à atual legislatura.

Por outro lado, Mochi ainda tentará conversar com os demais deputados que assinaram o pedido de instauração da CPI, para tentar um ‘consenso’ na delimitação do período a ser investigado. O peemedebista teme que a grande quantidade de documentos prejudique o trabalho dos colegas.