Denúncia anônima foi protocolada no

O Ministério Público Eleitoral instaurou, na última quarta-feira (26), uma investigação com o objetivo de apurar possíveis práticas de abuso de poder por parte do vereador reeleito Cazuza (PP). A investigação teve como ponto de partida uma denúncia anônima protocolada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

A denúncia se trata do relato de uma paciente que teria recebido uma ligação no dia 28 de setembro, cinco dias antes do primeiro turno das eleições, questionando se ela teria comparecido à UBS (Unidade Básica de Saúde) da Cohab, na região sul de .

“Respondi que sim, pois achei que era para marcar um exame que faltava. Me enganei simplesmente era uma pessoa dizendo que quem tinha implantado o UBS rápido era o candidato Cazuza e se ele poderia contar com meu voto. Falei que não pois não, não voto em Campo Grande, não transferi meu título de eleitor. Pasme ainda fui questionada por que não transferi o meu título”, contou aos promotores quem protocolou a denúncia.

Questionado pela reportagem do Jornal Midiamax, o vereador Cazuza afirmou que acha natural que denúncias como essa surjam após as eleições, apesar de o caso ter sido denunciado antes do resultado das eleições. Ele disse desconhecer o conteúdo da denúncia, e afirmou que não foi oficialmente informado da investigação.

“Estão usando o sistema do Posto de Saúde do município de Campo Grande MS para ligar e fazer campanha política e ainda por cima usando dados pessoais dos pacientes! Não me envolvo em política, mas achei um grande absurdo o que está acontecendo. Espero que o TRE tome as medias cabíveis”, desabafou o denunciante.

Cazuza foi reeleito no último dia 2 de outubro, com 2.709 dos votos válidos dos eleitores campo-grandenses.

Investigação

Para apurar a veracidade da denúncia, o Ministério Público Eleitoral encaminhou um ofício à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) solicitando esclarecimentos.

Dentre os questionamentos, o Ministério Público quer saber quais seriam os sistemas utilizados para armazenamento de dados dos pacientes nas UBS's (Unidades Básicas de Saúde), e se os funcionários dos postos assinariam ‘termo de confidencialidade' para terem acesso a esses sistemas.

A investigação também solicita que a Sesau informe a data de inauguração da UBS Cohab, e se foram realizadas reformas na unidade nos últimos quatro anos, com detalhamento dos valores destinados à cada reforma, bem como a origem da verba.

(Sob supervisão de Ludyney Moura)