Diversas secretarias assinaram documento
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o governo estadual assinou uma Carta de Compromisso com a SPPM (Subsecretaria de Políticas Públicas para as Mulheres). Na ocasião, a administração tucana anunciou parcerias para execução de políticas de inserção da mulher no mercado de trabalho, fortalecer a participação feminina nos espaços de poder e reduzir índices de violência.
Uma das ações será o oferecimento de vagas para mulheres em situação de violência, encaminhadas pelo Ceam (Centro de Atendimento à Mulher), nos cursos oferecidos pela Casa de Qualificação e facilitar o acesso às linhas de microcrédito do Banco Cidadão, ambas por meio da Funtrab (Fundação de Trabalho de Mato Grosso do Sul).
“Temos no Estado uma subsecretaria para tratar especificamente das mulheres, o que dá autonomia e agilidade nas ações para atender às necessidades da mulher”, afirmou a subsecretária Luciana Azambuja, da SPPM.
Para ela, a criação de uma estrutura independente favoreceu a atuação da pasta e é um dos fatores que faz com que Mato Grosso do Sul seja referência até mesmo no exterior pelas boas práticas voltadas para as mulheres.
Já o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), lamentou que os homens utilizem a violência contra as mulheres e defendeu maior participação feminina em todos os âmbitos sociais. “Sou contra a determinação de vagas para as mulheres. Deveríamos ter participação meio a meio”, disse.
Segundo o governo, o documento assinado hoje também contempla o projeto “Maria da Penha Vai à Escola”, da SED (Secretaria de Estado de Educação), que dá andamento a um programa de 2015 de palestras sobre a Lei Maria da Penha e violência doméstica para 2,5 mil alunos. Com a Sed também foi firmada parceria para a elaboração de material em vídeo com linguagem de sinais para mulheres surdas e CD’s com áudio narração para mulheres cegas sobre a temática de enfrentamento à violência.
Outras secretarias também foram contempladas na Carta Compromisso. Na Agepen (Agência de Administração Penitenciária), por exemplo, há previsão de conclusão da construção de um presídio feminino com capacidade de 407 detentas, e o diretor presidente do órgão, Ailton Stropa, espera que no Estado o índice de reinserção na sociedade seja superior à media nacional de 30%.
