Europeus não duvidam de lisura do Conselho católico

Quatro diplomatas da União Europeia da Holanda, Bélgica e Polônia estão em e devem acompanhar os trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) nesta quarta-feira (20). Eles são um dos financiadores dos trabalhos do Conselho e não duvidam da lisura do órgão.

De acordo com o porta-voz Erik Von Pistohlkors, primeiro conselheiro da seção política, econômica e de comunicação da União Europeia, a viagem foi feita a Mato Grosso do Sul para discutir sobre a situação dos índios no Estado e acompanhar parte do trabalho da CPI. “Nós enviamos verbas para o Cimi e não temos dúvida de que os recursos são utilizados corretamente”.

Bartvan Zwieteen, Nádia Benini e Katarzina Anna Braites fazem parte da comissão. Para Junior Mochi (PMDB), presidente da Assembleia, a visita mostra que a União está aberta a parcerias que garantam melhor qualidade de vida da população do Estado.

“Nossa maior preocupação é a questão do conflito indígena com os fazendeiros. Os proprietários admitem que não vão abrir mão das terras sem que sejam indenizados e é preciso que o governo federal se sensibilize para resolver esta questão, que compre as terras para devolver aos índios”, avalia Mochi.

Para Pedro Kemp (PT), a questão indígena precisa ser resolvida de imediato. “Os indígenas aumentaram com a colonização, mas muitas pessoas receberam terras e formaram áreas produtivas, mas hoje os índios buscam retomar o que era deles, quando ocorrem as invasões. É uma questão que precisa ser resolvida”, afirmou.

Para Zé Teixeira (DEM), não é uma questão de indenização, mas sim de compra. “Sou proprietário de terras e tenho direito sobre o que comprei legalmente. Sofro há anos com as minhas áreas invadidas aguardando decisão judicial”.