Desvios aconteceram na gestão de André Puccinelli

Entre os 15 presos durante a segunda fase da Operação Lama Asfáltica, chamada de Fazendas de Lama, estão nomes conhecidos como o ex-deputado federal e ex-secretário de obras, Edson Giroto e o empresário João Amorim, mas além das filhas de Amorim e da mulher de Giroto, há novos nomes que até então não haviam sido mencionados.

O ex-prefeito de Paranaíba e ex-deputado estadual, Beto Mariano, foi um dos presos, sua filha, a médica endocrinologista Mariane Mariano, sócia de Giroto na compra de pelo menos uma fazenda em Rio Negra, também foi detida temporariamente.

Beto Mariano era um dos principais diretores da Agesul (Agência de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul), quando pasta era comandada por Giroto.  A dupla chegou a respondeu inquérito do MPE-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pela compra de uma fazenda de 1,1 mil hectares em Coxim.

Maria Wilma Casanova Rosa também é ex-diretora da Agesul e chegou a chefiar o gabinete de Giroto em Brasília, quando este foi secretário executivo do Ministério dos Transportes.

Elza Cristina Araújo dos Santos Amaral é secretária e sócia de João Amorim. Segundo as investigações, era ela quem agilizava o pagamento de propinas, obtida dos desvios de recursos públicos, a agentes públicos e empresários.

A esposa de Giroto, Rachel Giroto, é presidente do PR Mulher, e chegou a se cotada para disputar as eleições proporcionais de 2016.

As três filhas de João Amorim, Ana Paula Amorim Dolzan, Ana Lúcia Amorim e Renata Amorim Agnoletto, também foram presas. Elas seriam laranjas do pai em empresas usadas para lavar dinheiro desviados das obras públicas.

O ex-adjunto da fazenda, André Luis Cance, e o ex-gerente de obras viárias da Agesul, Helio Yudi Komiyama, também foram presos.

Também estão na lista o empresário Flávio Henrique Garcia, o comerciante da cidade de Rio Negro, Evaldo Furrer Matos e Ana Cristina Pereira da Silva, que seria ligada a Cance.