Caso ganhou repercussão nacional no ano passado

Quatro pessoas suspeitas de aliciar menores no caso que ficou conhecido por envolver políticos em 2015, são ouvidos na tarde desta terça-feira (16) no Fórum de . Mônica Matos dos Santos, Rosadélia Alves Soares e Jorsiane Alves Correia chegaram com os rostos cobertos acompanhadas por advogados, junto ao quarto nome, José Carlos Lopes, todas foram chamados para serem ouvidos. Duas tiveram que ser retiradas do local após as três adolescentes aliciadas chegarem para depor. Elas pediram para evitar o encontro.

A defesa do homem alegou não ter o que dizer muito no momento, pois o teor do interrogatório é o ato do julgamento. Esta é a primeira vez que José falará. “E as acusações são meras suspeitas e que nada foi provado ainda”, disse o advogado José Trad.

José Roberto Rodrigues, advogado das três mulheres, disse que Rose assumiu que trabalhava com agenciamento de mulheres quando foi depor no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), no entanto nenhuma menor.

Ele reiterou que as adolescentes foram conduzidas pelos policiais e acabaram confessando que mantiveram relações sexuais com políticos, no entanto, para ele, os depoimentos são inválidos, tendo em vista que a defesa não estava presente no momento da ‘confissão’.

Tais políticos foram penalizados no final do ano passado. Em 17 de dezembro, por decisão por juiz Marcelo Ivo de Oliveira, os cinco envolvidos no caso foram condenados à .

Ao todo são 57 anos de reclusão, entretanto os ex-políticos, Alceu Bueno, Robson Martins e Sérgio Assis, podem responder em liberdade. Já os empresários Fabiano Otero e Luciano Pageu não têm o mesmo benefício. Eles, inclusive, já estão presos. O primeiro em regime fechado e outro em domiciliar.

A Bueno foi determinada de 8 anos e dois meses em regime fechado, pelo cometimento de dois crimes de exploração sexual de vulnerável. Assis ficara em regime semiaberto por seis anos pelo mesmo motivo.

Otero ficará 11 anos e 11 meses recluso em regime fechado por extorsão, exploração sexual de vulnerável, corrupção de menores, associação para o crime e tráfico de menor para fins de exploração sexual. Sua pena seria de 23 anos e 10 meses de reclusão, mas foi reduzida pela metade em razão do réu ter efetuado acordo de colaboração premiada.

Pageu cumprirá 21 anos e 7 meses de regime fechado pelo cometimento dos crimes de exploração sexual de vulnerável, corrupção de menores, associação para o crime e por dois crimes de extorsão. Ele foi absolvido apenas do crime de tráfico de menor para fins de exploração sexual por não haver provas para condenação.

Robson que no passado foi absolvido em caso semelhante não teve a mesma sorte desta vez e acabou condenado a 9 anos e 4 meses de reclusão. Além disso, terá que pagar 93 dias-multa pelo cometimento de dois crimes de extorsão. O réu foi absolvido do crime de associação para o crime por não haver provas para condenação.