Ele disse que presidente espera que a operação alcance resultados efetivos

O ministro-chefe da Casa Civil, , disse nessa quinta-feira (16), durante almoço-debate do Grupo de Líderes Empresariais, que o governo do presidente interino apoia a Lava Jato e espera que a operação alcance resultados efetivos.

“Tenho certeza de que as autoridades da Lava Jato saberão o momento em que deverão pegar, aprofundar e apontar e pensar em concluir. Temos que fazer que tenha o melhor e maior resultado possível. É certo que todos estamos pensando neste momento quem é culpado e quem não é”, disse o ministro.

Sobre a citação a Temer na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, Padilha disse que o presidente em exercício negou que tenha se encontrado com Machado para pedir dinheiro para campanhas de candidatos do PMDB, como denunciou o delator.

“Não temos nada comprovado sob o ponto de visto penal. Do meu ponto de vista isso não pode prejudicar o governo em nada. O que Michel Temer disse no começo foi que se aparecerem provas que possam dar algum sinal de ilícitos, ele se afasta. A citação foi gratuita, essa conversa não existiu.”

Na delação, Machado citou Temer e outros 20 políticos que teriam se beneficiado com propinas da Petrobras. Temer teria atuado para captar recursos ilícitos para a campanha do então candidato do PMDB à prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, em 2012.

Diante das repercussões da delação de Machado sobre a cúpula do PMDB, Padilha disse que é importante que o governo tenha a sabedoria política para conseguir manter o apoio no Congresso Nacional e aprovar reformas, como a da Previdência, a fiscal e a trabalhista. “Todas as reformas são absolutamente viáveis. Estamos fazendo negociação prévia profunda com a sociedade para que não se jogue toda a responsabilidade no Congresso. Se conseguirmos manter a credibilidade com sociedade, seguramente o Congresso vai continuar conosco.”

Reeleição

Padilha reiterou que o presidente interino Michel Temer (PMDB) não será candidato à Presidência da República em 2018. “A missão dele é recolocar o Brasil nos trilhos do progresso e do desenvolvimento. Não tem reeleição. Se em algum momento tivermos que tomar medidas mais duras não haverá nenhum tipo de preocupação. A preocupação que tem é fazer o Brasil chegar onde tem que chegar.”