Saída estava prevista para hoje

O procurador Paulo Passos fez o pedido de preventiva de Gilmar Olarte, sua esposa, e os outros dois envolvidos em suposto esquema de lavagem de dinheiro na tarde desta sexta-feira (19). Segundo a assessoria do MPE (Ministério Publico Estadual) o pedido já foi acato pelo TJ (Tribunal de Justiça) e os quatro permanecerão presos por tempo indeterminado.

O casal estava em prisão temporária (cinco dias) desde a última segunda-feira (15) por suspeita de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa.

O prazo venceria à meia noite e seriam colocados em liberdade, porém, o desembargador Luiz Claudio Bonassini acatou pedido de prisão preventiva feito pelo MPE. Desta forma, não há previsão de saída até nova decisão judicial 

A decisão também vale para Ivamil Rodrigues, corretor de Imóveis e Evandro Farinelli, acusados de participação no esquema de compra de imóveis.

Prisões

Na última segunda-feira (15), a Justiça determinou a prisão do vice- de , afastado desde agosto do ano passado, Gilmar Olarte, do PROS, da mulher dele, Andréia Nunes Zanelato Olarte, e ainda de Evandro Simões Farinelli e Ivamil Rodrigues de Almeida, que seriam comparsas do casal num esquema de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.

As prisões foram cumpridas durante operação únia, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na residência do casal Olarte, na empresa de Andreia, na casa e empresa de Ivamil e na casa e empresa de Evandro. 

Na ocasião, o Gaeco informou em nota que entre os anos de 2014 e 2015, enquanto Olarte ocupava mandato de prefeito, a mulher dele comprou vários imóveis na Capital, “alguns em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias, fazendo o pagamento ora em dinheiro vivo, ora utilizando-se de transferências bancárias e depósitos, os quais, a princípio, são incompatíveis com a renda do casal”.

Os investigadores do caso informaram e Olarte e Andréia contavam com a ajuda de Ivamil Rodrigues, corretor de Imóveis e Evandro Farinelli, que emprestava o nome para registrar os imóveis compradas pela mulher do então prefeito.

Após a prisão, o casal entrou com habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas o ministro Antonio Saldanha Palheiro negou o pedido. A decisão foi divulgada nesta manhã, pouco antes de Andreia e o filho prestarem depoimento ao Gaeco