Ele afirma que o PDT terá candidatura própria em

Após votar contra o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) quer avaliar o efeito do voto no eleitorado de Campo Grande. Ele é um dos nomes pedetistas para concorrer à Prefeitura, mas admite que depende do impacto que a posição anti-impeachment teve regionalmente.

Dagoberto, que é presidente regional do PDT, enfatizou que está sendo feita uma pesquisa, com o nome dele e o da ex-vereadora Teresa Name, para definir quem se sairia melhor na disputa. Ele ainda ressaltou que a quantitativa já está pronta, mas o partido aguarda a qualitativa. “Uma empresa de São Paulo ficou de vir para fazer e acabou não vindo nesse final de semana, mas isso deve ocorrer ainda nesta semana e iremos ter uma definição”.

Ele relatou ainda que está motivado pelo fato de ter sido absolvido do problema judicial que havia contra ele. “O resultado da pesquisa deve sair nos próximos dias, mas acho que não devo escapar disso não. Além de estar animado com esta possibilidade após ter me livrado do problema na justiça também quero ver o reflexo do meu voto contra o golpe [Dagoberto votou contra o impeachment de Dima Roussef]”, afirmou Nogueira.

Em entrevista anterior, a ex-vereadora Teresa Name já havia dito que está a disposição do partido para. Também estava sendo cogitado a coligação com o PT e PP, dito pelo deputado federal Zeca do PT e pelo ex-vereadora Paulo Pedra, que é do PDT, respectivamente. “Que fique certo essa definição, principalmente para os demais partidos, o PDT terá candidatura própria. De qualquer forma iremos buscar apoio para montar a chapa”, destacou Dagoberto.

O presidente pedetista contou tambem que está a espera da definição do nome do PDT para marcar a data do lançamento da pré-candidatura e trazer o Ciro Gomes. “Acho importante trazer uma figura nacional do nosso partido, até por que ele será o nosso candidato a presidente em 2018. Assim que definir o nome, iremos marcar a data para o lançamento da pré-candidatura na presença do Ciro Gomes”.

STF

O STF (Supremo Tribunal Federal) absolveu, no início do mês, por unanimidade, o deputado federal Dagoberto Nogueira da prática de dispensa ilegal de licitação. A acusação era de que Dagoberto Nogueira, a ex-diretora do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MS), Dejanira Machado Recalde, e três empresários – Roberto Teles Barbosa, João Roberto Baird e Juarez Lopes Cançado, teriam desviado R$ 30.277.214,14 do órgão de trânsito.

Os crimes teriam sido cometidos entre julho de 1999 e dezembro de 2003, a partir da contratação, pelo Detran, da empresa S&I Serviços e Informática, de Roberto Barbosa e João Baird, para arrecadar valores relativos ao trânsito, como IPVA, multas e o prêmio do seguro DPVAT.

O MPF apurou que parte dos recursos, que deviam ser repassados ao Fundo Nacional de Saúde, Departamento Nacional de Trânsito e Federação de Seguradoras, teriam sido desviados. Contudo, a relatora do caso, ministra Cármen Lúcia, votou pela improcedência da ação para absolver o deputado federal, porque segundo ela, não foi provada a materialidade do delito.