Foram citados Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney
Para os deputados estaduais do PMDB de Mato Grosso do Sul, os pedidos de prisões feitos pelo Procuradoria-Geral da República, ao STF (Supremo Tribunal Federal), em que incluem três peemedebistas não atrapalham projetos no Estado. Segundo eles, as pessoas estão preocupadas com a realidade local. Sobre os fatos ocorridos eles afirmam que todo culpado tem que pagar, independente de partido.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedido de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do senador Romero Jucá (PMDB-RR), além da determinação do uso de tornozeleira eletrônica para o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). O parlamentar Marcio Fernandes (PMDB) ressaltou que tem gente boa em todos os partidos.
“As pessoas que cometeram os erros tem que pagar por isso, independente de partido. Tem gente boa e ruim em todos os partidos. Se for descoberto e comprovado tem que pagar. Não acho que atrapalha nossos planos, por que as pessoas sabem que ha pessoas boas e ruins em todo partido. Não vejo prejuízos por que estão preocupadas com a situação local”. Para deputado Eduardo Rocha (PMDB), o Brasil não aguenta mais tanta corrupção.
“Não atrapalha o PMDB esses pedidos, na minha opinião. Mas está todo mundo denunciado. Agora eu concordo com a limpeza e pode ser qualquer partido. O Brasil não aguenta mais tanta corrupção. Não acho que reflita em nosso estado e municípios, por que todos os partidos estão no meio”. De acordo com Renato Câmara, também parlamentar pelo PMDB, estas decisões estão distantes da realidade de nossa população.
“Cidades do porte de Dourados, assim como restante do interior, o que mais vale é a pessoa. O partido é uma sigla que as pessoas precisam estar filiados para participar, mas está muito longe da nossa realidade. De qualquer forma, somos contra qualquer ação ilícita e se houve erro deve ser pago. Não vejo manchas em candidaturas nossas por não ter proximidade”. De acordo com informações de agências nacionais, o caso será analisado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo.
A base para os pedidos de prisão tem relação com as gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado envolvendo os peemedebistas. As conversas sugerem uma trama para atrapalhar as investigações do esquema de corrupção da Petrobras. Janot também pediu ao STF o afastamento de Renan da Presidência do Senado. Diante das colocações do ex-presidente da Transpetro, a expectativa é de que a Procuradoria ofereça as primeiras denúncias contra os integrantes da cúpula do PMDB no Senado.
Segundo pessoas próximas às investigações, os depoimentos de Machado são um dos melhores entre as delações fechadas, porque revela detalhes e não apenas indicações ou referências do que teria ouvido sobre o esquema. Machado fechou delação depois que as investigações contra ele e sua família avançaram. Seus três filhos também colaboram com a Procuradoria. Machado teve seus sigilos bancário e fiscal quebrados pelo juiz Sergio Moro.
