Pular para o conteúdo
Política

Após pressão, MPE admite que Rose e Elizeu não escaparam da Coffee Break

Vereadores também estão na mira do MPE
Arquivo -

Vereadores também estão na mira do MPE

Após pressão pela omissão de alguns nomes envolvidos na Operação Coffee Break, fonte ligada ao MPE (Ministério Público Estadual) confirmou à imprensa na tarde desta quinta-feira (2) que a vice-governadora Rose Modesto (PSDB), o deputado federal Elizeu Dionízio (PSDB) ainda não ‘escaparam’ da investigação sobre o suposto golpe para tirar Alcides Bernal (PP) do cargo de prefeito.

Além da pré-candidata do PSDB à Prefeitura de e do deputado federal tucano, que tem foro privilegiado, continuam implicados a deputada estadual Antonieta Amorim, os vereadores Carla Stephanini e Vanderlei Cabeludo, todos do PMDB, além de Coringa, do partido de Marquinhos Trad (PSD).

A situação deles ficou envolta em mistério e causou pressão entre juristas e até denunciados depois que tiveram os nomes omitidos em documento oficial distribuído à imprensa durante coletiva na última terça-feira (31) com o procurador-geral de Justiça, Paulo Cezar dos Passos. No papel, foram listados 24 denunciados com detalhamento inclusive dos crimes tipificados.

A liberação da denúncia para a defesa dos implicados, no entanto, só deve acontecer no final desta sexta-feira (3). Na Operação Coffee Break, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) apurou suposta compra de votos para a cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), em março de 2014.

Nas investigações, Rose Modesto, que era vereadora, foi flagrada demonstrando intimidade com Gilmar Olarte, vice de Bernal que ficou com o cargo após a cassação e foi denunciado por associação criminosa e corrupção. Ela também seria investigada por realizar negociação com fornecedores da Prefeitura na gestão de Olarte. Durante as investigações, ela foi eleita vice-governadora com Reinaldo Azambuja (PSDB).

Já Elizeu Dionízio foi relator da CPI que serviu de motivo para a Câmara Municipal iniciar o processo de cassação de Bernal e, durante o tempo em que as investigações se arrastaram, foi eleito deputado federal. A legislação brasileira ainda garante foro privilegiado a diversos cargos públicos e, por isso, a denúncia contra ele ficará a cargo do procurador-geral da República, Rodrigo Janot caso haja autorização do STF (Supremo Tribunal Federal).

Durante a entrevista coletiva, Passos foi questionado pela reportagem do Jornal Midiamax sobre tais nomes que não estavam inclusos na lista de denunciados, o procurador no entanto não citou os parlamentares e a vice-governadora em momento algum, limitando-se a dizer que haviam mais pessoas.

“Na realidade, tem vários que estão sendo objetos… O Ministério Público determinou a continuidade das investigações… porque não existem indícios suficientes. Em relação a pessoas com foro e prerrogativa de função, que não seja o Tribunal de Justiça, nós não podemos investigar e devemos encaminhar ao foro competente”, respondeu Passos.

Ante a insistência da reportagem sobre os nomes de Rose e Elizeu, o Procurador-Geral recém nomeado por Reinaldo Azambuja repetiu a resposta: “Todos os demais que não foram investigados… há uma decisão no bojo do processo determinando prosseguimento dessa investigação (?). Em relação a outros atores que não foram denunciados, o Ministério Público determinou o desmembramento dessa investigação para que possa ser coligida… é… coligidas novas provas a fim de que possamos formar um convencimento definitivo da existência ou não da prática de crime”.

A ausência dos nomes na lista divulgada pelo MPE causou estranheza não só a advogados e denunciados na Operação, como também ao próprio prefeito. Em evento realizado nesta quarta-feira (1º) Bernal disse que ‘pessoas importantes’ ficaram fora. Ele, no entanto, afirmou que continua confiante na Justiça e em órgãos como o MPE-MS sobre o desfecho.

A investigação foi conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado), responsável pelo trabalho de apuração, liderada pelo promotor Marcos Alex Vera. Nenhum pedido de prisão ou afastamento foi feito, sob alegação de que, nesta fase, não há mais essa necessidade.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Casa Branca: Trump assina ordem para ajustar as tarifas da China

Três são presos com 9 mil maços de cigarros na BR-267

enem

Enem 2025: saiba critérios para pedir isenção da taxa de inscrição

Familiares continuam nas buscas pelo seu Heitor que desapareceu em Ribas do Rio Pardo

Notícias mais lidas agora

Juiz diz que há indícios de corrupção em contrato de R$ 59 milhões com empresa do Sigo

ataque onça pantanal

Laudo confirma morte de ‘Jorginho’ por ataque de onça; cabeça e pescoço foram as regiões atingidas

fiscal oitiva frota ônibus

Frota sucateada e superlotação: Consórcio Guaicurus tem apenas um ônibus para cada 7,6 mil passageiros

Moraes determina apreensão do passaporte diplomático de Collor

Últimas Notícias

Economia

Bancos Centrais do Brasil e da China assinam acordo de troca de moedas

Valor em aberto das operações não poderá ultrapassar R$ 157 bilhões

Polícia

Veículo furtado no Paraná é recuperado em Amambai

Ao perguntar o motivo da viagem, ele demonstrou excesso de nervosismo

Polícia

Motorista é preso com R$ 230 mil em produtos contrabandeados na MS-379

Durante acompanhamento o automóvel foi interceptado no perímetro urbano de Laguna Carapã

Trânsito

Acidente entre caminhonete e moto deixa mulher em estado gravíssimo

Acidente aconteceu no cruzamento da Rua Joaquim Teixeira Alves com a Hilda Bergo Duarte