Eles estão presos há oito dias

A defesa do vice-prefeito afastado Gilmar Olarte e sua esposa, Andreia Olarte, prepara recurso a ser ingressado nesta quarta-feira (24) no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para tentar soltura do casal preso há oito dias sob acusação de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa.

Inicialmente tratava-se de prisão provisória, quando dura cinco dias, mas quando o prazo estava acabando a Justiça acatou pedido do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) e a tornou preventiva, quando não há data para sair.

Neste meio tempo os advogados já haviam tentado habeas corpus no STJ, mas o ministro Antônio Saldanha Palheiro indeferiu o pedido. Andreia passou mal duas vezes e foi atendida pelo vereador e médico da família Olarte, Jamal Salém (PR), por isso está no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros).

“Ela está bem agora”, disse o advogado João Carlos Veiga. No começo a ex-primeira-dama não queria ser transferida para o Presídio Feminino, mas quando a prisão foi convertida em preventiva ela mudou de ideia. A defesa pediu duas vezes para que houvesse transferência, porém o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) rejeitou.

Caso – Também estão em cárcere Ivamil Rodrigues, corretor de Imóveis e Evandro Farinelli, que emprestava o nome para registrar os imóveis compradas pela mulher do então prefeito. De acordo com o MPE-MS a operação deflagrada conexão com a Adna, investigação desencadeada no ano passado, por corrupção passiva e que implicou o pastor.

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) informa que entre os anos de 2014 e 2015, enquanto Olarte ocupava mandato de prefeito, a mulher deles comprou vários imóveis na Capital, “alguns em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias, fazendo o pagamento ora em dinheiro vivo, ora utilizando-se de transferências bancárias e depósitos, os quais, a princípio, são incompatíveis com a renda do casal”.