Relator não acredita em pedido de processante

Até o final desta semana a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Contas Públicas deve terminar relatório com as considerações de todo os documentos analisados e oitivas realizadas ao decorrer de quatro meses. A apuração abrange de janeiro de 2011 a abril de 2015 e, portanto, passa pelas gestões dos ex-prefeitos de Nelson Trad Filho (PMDB), Gilmar Olarte (PP) e por fim pelo atual administrador Alcides Bernal (PP).

O objetivo é diagnosticar a saúde financeira da Capital, bem como apurar se houve excesso de nomeações na Prefeitura. Segundo o relator, vereador Airton Sara (DEM), alguns procedimentos de 2012 para 2013 “causaram muita diferença no caixa, queda de repasses e aumento de despesas”. Ele diz, ainda, que há culpa do Governo Federal, tendo em vista o aumento salarial dos professores sem a realização correta de repasses ao Executivo Municipal.

“Houve também queda de repasses estaduais, contratação de comissionados e falta de gestão. É um conjunto, todo mundo tem sua responsabilidade”, disse. Mesmo diante a constatação de tantas situações maléficas à cidade, o relator não acredita que seja suficiente para instaurar Comissão Processante. “Há uma série de procedimentos, mas serão detalhados no relatório”, concluiu.

Trabalhos – A CPI recolheu mais de 200 mil páginas de documentos oriundos de todas as secretarias que compõem a Prefeitura. Para auxiliar no procedimento analítico, houve contratação de empresa de assessoria técnica com valor de R$ 54 mil por 120 dias, sendo R$ 13.500 por mês.

Passaram por oitiva os ex-secretários de saúde Jamal Salem; Administração, Wilson do Prado; os ex-diretores-presidentes da Funsat e Funesp, José Eduardo Amâncio da Mota, o Madrugada, respectivamente; da Secretaria de Assistência Social, Janete Belini D'Oliveira e a ex-diretora-presidente da Agetran, Elizabeth Félix; da Semadur, Valdir Gomes e da Secretaria da Mulher, Liz Derzi. Todos eram titulares á época em que Olarte ainda estava no Paço Municipal.