Olarte nega existência de funcionário fantasma

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), declarou na manhã desta sexta-feira (22) que está fazendo os ajustes necessários para conseguir contornar a crise financeira que a prefeitura passa. Neste pacote ele citou como providência um “grande número de demissões para ajustar a máquina”.

As demissões são cobradas diariamente por vereadores, que criticam o grande número de comissionados de Gilmar Olarte. Eles alegam que a população não aceita a ideia de crise porque a prefeitura não dá exemplo quando não demite comissionados.

Olarte culpou, mais uma vez, gestões anteriores pelas dificuldades enfrentadas atualmente. Ele ponderou que outros prefeitos receberam a cidade sem problemas e que ele já pegou a administração com R$ 285 milhões de déficit, bem como aumento na folha de pagamento.

Segundo o prefeito, tinha como evitar a crise se não tivessem zerado o IPTU e a receita não caísse. Ele citou como exemplo da dificuldade a queda no repasse de ICMS, que segundo ele deve cair  mais R$ 2 milhões neste mês, o que criará ainda mais dificuldade.

O prefeito aproveitou a oportunidade para falar sobre a ação civil impetrada contra ele por denúncia de funcionário fantasma na Câmara. Ele negou a existência de servidores fantasmas, mas não negou que um funcionário citado, de fato, não estava trabalhando.

“Quando detectamos que o nomeado não estava indo, entrou dia X e com 28 dias estava exonerado”, justificou, afirmando que não existe funcionário fantasma. Olarte ponderou que cabe ao servidor a responsabilidade de ir ou não ao trabalho. Porém, afirmou que, se tomar conhecimento da falta, tomará as medidas necessárias. A entrevista foi concedida ao Programa Tribuna Livre, da FM Capital.