Trabalho da perícia deve terminar na próxima semana
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) pode apresentar novo pedido de afastamento de vereadores, caso perícia em celulares apreendidos na Operação Coffee Break confirmem suspeitas de envolvimento deles em esquema de corrupção para cassar o prefeito, Alcides Bernal (PP). O trabalho dos peritos deve terminar no fim da próxima semana.
Marcos Alex foi ao IC (Instituto de Criminalística) na manhã desta quinta-feira (1º) ver como anda a perícia. Ele confirma que até dados apagados dos celulares foram recuperados.
O promotor reagiu a declarações, de vereadores, de que o pedido de afastamento teria sido precipitado. “Se acham que me precipitei é porque sabem que agi antes da hora. Podem aguardar, na hora certa eles terão resposta”, rebateu o coordenador do Gaeco.
Dos 17 celulares e chips que estão no IC, a maioria pertence a vereadores. O vice-prefeito afastado do cargo de prefeito, Gilmar Olarte (PP), e o empresário João Amorim, ambos com prisão decretada pela Justiça e atualmente foragidos, também tiveram equipamentos apreendidos.
Caso a dupla não se apresente, diz Marcos Alex, as prisões temporárias podem ser convertidas em preventivas. A Justiça negou, no entanto, que 17 vereadores fossem afastados dos cargos.
O coordenador do Gaeco chegou a sugerir que há tentativas de atrapalhar as investigações contra os políticos. “Nas entrelinhas”, respondeu, quando perguntado a respeito: “se acham que podem me intimidar, comigo isso não funciona”, disse um pouco antes.
Em seguida, o promotor garantiu que não desistirá do trabalho e chegou a desejar sucesso à Polícia Federal, onde corre a Operação Lama Asfáltica, investigação sobre desvio de recursos públicos usada como base para a Coffee Break, e que torce pelos federais. Segundo o coordenador do Gaeco, a PF tem mais mecanismos para garantir êxito nas apurações.
