O vereador aconselhou Nelsinho a sair do PMDB

Mais um Trad publicou mensagem contra o ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), para defender o ex-prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB). Depois do irmão, ex-deputado Fábio Trad (PMDB), aconselhá-lo a deixar a cúpula, agora foi a vez do vereador Otávio Trad (PTdoB) reforçar a ideia de que o tio deve sair da legenda que, segundo eles, não o valoriza.

“Nelsinho. A vida nos ensina a agir com a razão e com o coração. Para agir com o coração devemos estar no meio de amigos. Portanto dessa vez aja com a razão”, escreveu o legislador na rede social referindo-se à suposta traição vivida pelo ex-prefeito durante campanha eleitoral do ano passado. Para ele os eleitores que são fiéis ao tio o seguirão seja em qual sigla for. A polêmica começou após Nelsinho responder Puccinelli, também por meio do Facebook, dizendo não ter culpa do fracasso de 2014 e associando a derrota à falta de apoio por parte de correligionários.

“Traíram não só a mim, mas ao PMDB. Quero aqui, ao fazer o desabafo, deixar uma mensagem a todos vocês: na vida é muito melhor ser traído, do que ser o traidor”, alfinetou. O ex-governador o acusou de não ter percorrido por todas as cidades do Estado em busca de votos, fato que, para ele, fez o correligionário ficar em terceiro lugar no último pleito. Nelsinho rebateu garantindo que passou por 68 dos 79 municípios sul-mato-grossenses e só não venceu porque foi traído pelo grupo.

Fábio Trad, que pediu desfiliação do PMDB no início do ano, mas acabou voltando atrás dias depois, também se manifestou via rede social. “Saia do PMDB e faça da sua atividade política o destino próprio de sua existência”, disse o ex-deputado federal em vídeo dedicado ao irmão. Mesmo em pé de guerra com a família Trad, a cúpula peemedebista ainda aposta no sobrenome para a disputa da Prefeitura de Campo Grande em 2016.

O deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) é um dos mais cogitados para tentar eleição ao Paço Municipal pela legenda. No entanto, o parlamentar garante desde o final do ano passado que pedirá desfiliação alegando perseguição política. Em 2012 e 2014 a sigla sofreu derrotas consecutivas na briga pelos Executivos da Capital e do Estado.