Falta de escola seria principal problema no Caiobá

Ao som de ‘Pra cima Brasil', de João Alexandre, vereadores de tiveram contato com problemas da região do Caiobá I, onde a Câmara Municipal faz sessão comunitária nesta quarta-feira (15). A principal reclamação dos moradores é quanto à falta de infraestrutura, de forma geral, e de escola.

“Homens com tanto poder/e nenhum coração”, foi o trecho da música escolhido para trilhar um vídeo com depoimentos de moradores e imagens dos bairros da região. O material foi apresentado no começo da sessão pelo presidente do IDE (Instituto de Desenvolvimento Evangélico), Enéas de Andrade.

A sede da entidade foi o local escolhido para a sessão comunitária. Os trabalhos começaram por volta das 9h30 e apenas com três dos 29 vereadores da Capital – Carlão (PSB), Loester (PMDB) e Chocolate (PP) – ao passo que, até o fechamento deste texto, eram 13 os parlamentares no local.

O vídeo apresentado pelo presidente, além de destacar o fato de haver apenas uma escola para atender toda a região, também mostra bueiro a céu aberto, imagens de ruas alagadas e traz depoimentos com reclamações de moradores. “Estamos aqui para ouvir os vereadores, queremos resolver com diálogo, mas, se não tivermos respostas, vamos para a rua gritar”, disse Andrade.

A líder comunitária Iracilda de Fátima, do Caiobá II, reforçou o problema com a falta de escola e da infraestrutura do espaço: “quando chove, não tem recreio; quando não chove, o problema é o sol”. Segundo ela, outro problema na região é a comercialização de casas de programas habitacionais.

O presidente do Conselho da Região do Lagoa, João Romero, lembrou que em breve serão entregues 1,4 mil casas populares em bairros próximos, sem ter havido, por outro lado, investimento na infraestrutura urbana. “Não temos escola para receber todas essas pessoas, não temos segurança”, disse ele, reclamando de bairros com 35 anos de existência e ainda sem asfalto.

“Quando vocês, que vêm aqui buscar votos, vão olhar para nossa região? Tenham um pouquinho de pena nós”, continuou o conselheiro. Segundo ele, a região urbana do Lagoa tem 120 mil habitantes, sendo 80 mil eleitores, “não recebem olhar carinhoso, vive dias de penúria e angústia”.

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