A jornalista foi conduzida até uma sala do gabinete
A Arfoc-Brasil (Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Brasil) emitiu uma nota de repúdio neste sábado (7), a respeito da situação em que a repórter fotográfica Marithê Lopes do Jornal Midiamax foi constrangida em uma agenda pública do prefeito Alcides Bernal (PP) na manhã desta sexta-feira (6).
Durante a agenda, o superintendente municipal de comunicação da Prefeitura de Campo Grande, Djalma Machado Jardim Neto, interpelou a jornalista em agenda pública do prefeito e constrangeu a repórter a mostrar todas as fotos registradas no equipamento profissional do Jornal Midiamax. Ele tinha medo de que o chefe que o nomeou no cargo público sem concurso estivesse ‘feio' nas imagens.
Na sequência, a jornalista foi conduzida até uma sala do gabinete onde ficou sozinha com o prefeito. Lá, Bernal fez breve discurso para a jovem, dizendo que os donos de jornais de Campo Grande o perseguem e que usariam as fotos dele em flagras ‘desfavoráveis'. O áudio de todo o episódio foi gravado pela equipe jornalística.
“Eu me senti ameaçada e acabei cedendo. Mostrei as fotos e não tinha nada demais. Ele olhou e disse que estava ok. No final do evento, que aconteceu no gabinete, no entanto, o prefeito me chamou para uma sala onde estava e fiquei lá dentro sozinha com ele, enquanto um homem ficou na porta”, relata.
Leia a nota:
Repudiamos veementemente a atitude ilegal e arbitrária do superintendente municipal de comunicação da Prefeitura de Campo Grande (MS), Djalma Machado Jardim Neto, que interpelou a repórter fotográfica Marithe Lopes do Jornal Midiamax, em plena agenda pública do prefeito Alcides Bernal (PP), na manhã desta sexta-feira (6), a mostrar as fotos registradas. Ele tinha medo que o chefe que o nomeou para o cargo público, sem concurso, estivesse ‘feio' nas imagens.
