O objetivo será apurar o mesmo fato

Os deputados estaduais desistiram de dar continuidade à batalha judicial pela volta da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Energisa/Enersul. A estratégia será começar uma nova apuração, mas desta vez sem utilizar o nome de concessionária, o termo será ‘CPI da Energia Elétrica’. A decisão foi tomada após o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, considerar frágil a exigência constitucional que se refere à ação do fato determinado da CPI da Enersul/Energisa. 

A investigação foi aberta em março deste ano com objetivo de apurar suposto desvio de R$ 700 milhões da concessionária que atende 74 municípios do Estado. A decisão não é definitiva, mas, mesmo assim, os parlamentares recuaram e decidiram criar uma nova comissão.

“Com muita humildade, daremos um passo atrás e vamos cancelar a CPI da Enersul. Na próxima terça-feira, vamos apresentar um requerimento para a criação da CPI da Energia Elétrica. Desta vez, temos substâncias suficientes para esclarecer e explicitar a quem um dia venha a julgar o fato determinado”, disse o presidente da primeira CPI, Paulo Corrêa (PR).

Com base na auditoria realizada pela empresa a pedido da Câmara de Valores Mobiliários, será embasado o novo pedido de instalação da CPI. “Temos trezentos fatos determinados baseados no relatório. Não pode uma concessionária roubar o povo sul-mato-grossense e os deputados ficarem de braços cruzados. No passado, conseguimos devolver R$ 200 milhões aos bolsos dos consumidores. Essa vontade é o que nos move e não vamos desistir nunca”, concluiu.