PT não quer mais integrar base do prefeito

O prefeito (PP) pensou melhor e voltou a procurar o PT para tentar negociar adesão a base de sustentação dele na Câmara. Coincidentemente, a procura aconteceu depois que o presidente do PT, Antônio Carlos Biffi, anunciou que Zeca do PT é pré-candidato do partido a prefeito de Campo Grande.

Zeca do PT confirmou a procura de Bernal e criticou a coincidência. Para Zeca, Bernal erra novamente ao fazer um governo centralizador, que não consegue agregar e, consequentemente, sofre para administrar.

Bernal tenta minimizar os efeitos negativos da briga com a Câmara, que lhe resultou uma base de apenas quatro vereadores, mas tem grande dificuldade. A investida no PT, por exemplo, tem tudo para não emplacar. Isso porque o partido entende que há menos de um ano da eleição não seria inteligente assumir cargo e o ônus da gestão de Bernal.

A confusão entre o prefeito e os vereadores do PT foi liderada por Bernal e pelo vereador Alex do PT. Ex-líder do prefeito, o vereador disse que era mais recomendável que o partido já tratasse espaço na gestão e apoio a Bernal para a próxima eleição. A declaração não agradou lideranças do PT, que rejeitaram a bajulação tão antecipada, muito antes de saber se Bernal daria ou não conta dos problemas da cidade.

A confusão foi ampliada com a falta de entendimento entre vereadores e prefeito. Bernal chegou a dizer que o PT queria suas secretarias principais e petistas rebateram, dizendo que não queriam avalizar a gestão em troca das secretarias da Juventude e da Mulher, consideradas pequenas. Diante do impasse, o PT saiu da base e Bernal ficou com apenas quatro dos 29 no arco de aliança.