Para ele não houve aumento
Mesmo com reivindicação da população e pressão da Câmara Municipal para não haver aumento da tarifa do transporte público, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), insiste em alegar que não trata-se de elevação do valor e sim readequação, tendo em vista que, segundo ele, ficou abaixo da inflação. Quanto aos vereadores, que inclusive ameaçam abrir CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte Público, o radialista disse estar à disposição para ir à Casa de Leis explicar o processo.
“Não houve aumento, houve adequação da tarifa, foi abaixo da inflação. Pouco mais de 8%, isso demonstra claramente que nosso compromisso é com a população, não com o empresário ou com outra coisa que não seja melhor para o transporte público. Todo mundo sabe que a inflação foi de 9,57%, nós adequamos abaixo”, disse ao Jornal Midiamax.
Na Câmara o tema virou polêmica, já que o ajuste no vale-transporte foi publicado no Diário Oficial de Campo Grande na última quarta-feira (18) e começou a vigorar no dia seguinte, sem discussão prévia com o Legislativo que pretendia realizar audiência pública antes de colocar o novo preço em prática.
“Nós temos o maior respeito pela Câmara Municipal e se eles precisarem de um esclarecimento nós estamos a disposição. Eu já vim aqui muitas vezes e voltarei tantas vezes quantas forem necessárias”, garantiu Bernal que na tarde de ontem já havia declarado ser prorrogativa dos legisladores abrir CPI, se quisessem.
Situação – O preço da tarifa do transporte coletivo em Campo Grande disparou, ficando em quinto no ranking nacional, e pior, atrás apenas de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, que no comparativo simples, como número de habitantes, são de 6 à 10 vezes maiores que a Capital sul-mato-grossense.
