Pressão popular ajuda na liberação de verba aos municipios

Embora menos pessoas tenham aderido o ato contra o Governo Federal realizado neste domingo (16) e os prefeitos que enfrentam crise nos municípios não tenham comparecido, o presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Juvenal Neto (PSDB), acredita que os manifestos já começaram a surtir efeito às cidades e classifica a população como determinante para resolução da crise.

Isso porque a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), iniciou liberação de verbas referentes a emendas de 2008-2012, montante que ajudará os Executivos a dar continuidade às mais de 200 obras paradas em todo o Estado.

“Não sei dizer ao certo quanto, mas o governo federal começou a liberar algumas coisas sim. E esse dinheiro ajuda diretamente a população porque vem para obras refentes aos serviços de educação, saúde, segurança, infraestrutura. Com certeza esses protestos fazem toda diferença”, avaliou.

Ele explicou que os gestores não compareceram para que a população não misture as coisas, uma vez que a reivindicação deles é acerca dos restos a pagar não liberados e o movimento popular pede o impeachment da petista. “Não temos nada contra a presidente, nossa questão é institucional. Só queremos que o restos a pagar seja enviado aos municípios”, explicou.

Neto, que é prefeito de Nova Alvorada do Sul, contou que as emendas de 2008 a 2012 não liberadas somam cerca de R$ 200 milhões. Já os restos a pagar de 2013/2014 são de R$ 140 milhões. Os números são referentes somente a Mato Grosso do Sul.

No último dia 10 os chefes dos Executivos do Estado se reuniram com a bancada federal e estadual para pedir ajuda e lançar campanha de conscientização da crise. Dos três senadores sul-mato-grossenses, somente Delcídio do Amaral (PT), que é líder do governo no Senado, não esteve presente. Mas, o petista anunciou neste mesmo dia liberação de R$ 13 milhões de emendas de 2012.