Após ‘sumiço’, Delcídio promete voltar a percorrer o Estado nos próximos meses

Desde que foi derrotado, petista não mantém agenda 

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Desde que foi derrotado, petista não mantém agenda 

‘Sumido’ de Mato Grosso do Sul após o insucesso na disputa a governador do Estado no ano passado, o senador Delcídio do Amaral (PT), pretende retomar rotina de visitação aos municípios sul-mato-grossenses no segundo semestre de 2015. O petista justifica ausência alegando estar atarefado com a liderança da Presidência da República no Senado. Função dada a ele em meio à crise política e econômica enfrentada pelo Brasil e que tem o afastado até mesmo de sua família. 

“Como líder do governo, eu tenho que participar de todas as articulações com os ministros, com a presidente Dilma, cuidar das votações em Plenário e nas comissões permanentes e acompanhar a elaboração de projetos, fora as atividades em que o líder se envolve paralelamente. É pauleira!”, disse.

 “Por causa  disso, eu não tenho tido condição de andar no Estado e até minha família tenho visto pouco. Mas, com as coisas se acalmando,  vou voltar a fazer aquilo que eu sempre fiz, que é caminhar por todas as regiões de Mato Grosso do Sul, trabalhar pelos projetos que as prefeituras vierem a  apresentar, vistoriar obras, conversar com os prefeitos, vereadores e com a população nos municípios”, completou.

Além disso, seu mandato acaba em 2018 e, por isso, a caminhada para fortalecer candidatura à reeleição deve começar. O correligionário e deputado federal José Orcírio Miranda dos Santos, Zeca do PT, já iniciou agenda pelas cidades e não esconde de ninguém que, além de fortalecer o partido para 2016, o plano é eleitoral visando uma cadeira no Senado em 2018. Zeca, porém, afirmou que Delcídio teria prioridade na escolha de disputar o governo ou o senado.

No próximo pleito para senador haverão duas vagas disponíveis, hoje ocupadas por Delcídio e Waldemir Moka (PMDB). Sendo assim, caberá à cúpula petista redobrar esforço para eleger dois filiados à mesma função e contornar disputa interna que pode ocorrer. A relação conturbada entre os dois é antiga e notória.

No mês passado, por exemplo, o ex-governador criticou o senador justamente pela ausência nas questões partidárias. O estopim foi a saída do ex-prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha, que voou para o ninho tucano em busca de viabilizar planos eleitorais para ano que vem. Descontente por perder mais uma liderança de peso, Zeca associou a desfiliação do colega à falta de atenção por parte do presidente regional da sigla, Paulo Duarte, bem como de Delcídio.

A troca de farpas causou desconforto na legenda e durante convenção do PSDB no dia 20 de junho, o próprio Ruiter confirmou que uma das causas que o fez deixar o partido foi a desunião e falta de atenção por parte das lideranças. Portanto, enquanto o PT não investe em ações para afinar discurso, a regra do ‘cada um por si’, continua valendo.

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