Vereador tenta voltar à Câmara na Justiça

Foi adiado, mais uma vez, o julgamento do agravo regimental apresentado pelo vereador e presidente afastado de suas funções, Mario Cesar. O documento pede o retorno dele à Câmara Municipal, depois de seu afastamento em 25 de agosto, por suspeita de envolvimento em uma negociata para cassar Alcides Bernal (PP) da prefeitura de . O julgamento do recurso, que corre na seção criminal do (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), estava previsto, inicialmente, para 9 de outubro, mas foi adiado para esta quarta-feira (21).

O primeiro adiamento aconteceu em virtude do pedido de vista do Desembargador Romero Dias Lopes. Conforme a decisão, o novo adiamento acontece por conta da ausência justificada do desembargador.

Na terça-feira (20), o desembargador Luiz Carlos Bonassini rejeitou o pedido da defesa do vereador, para voltar, pelo menos, à função parlamentar. Antes disso, o MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) emitiu parecer reforçando suspeita sobre Mario Cesar ao defender que ele continue afastado.

Em seu despacho, o desembargador acata os argumentos da manifestação do Ministério Público Estadual contra o retorno de Mario Cesar ao cargo. Bonassini entende que a solicitação para voltar a atuar como vereador, ficando fora da presidência, implica em uma renúncia indireta. O magistrado entende que Mario Cesar esté pedindo isso à Justiça para não fazer, ele mesmo, diante do Legislativo.

Ao comentar o entendimento do peemedebista, de que ele deveria ter o mesmo tratamento de outros 17 vereadores investigados, que não foram afastados do cargo, Bonassini afirma que Mario Cesar foi tirado do cargo não por ser presidente da Câmara, mas sim por ter atuação diferenciada na Casa de Leis, com influência sobre os colegas.

O Jornal Midiamax tentou com um dos advogados de defesa de Mario Cesar, Leonardo Saad, mas não conseguiu contato até o fechamento deste texto.