Os vereadores que integram a Comissão Processante que pode cassar o mandato do prefeito (PP) ainda estão divididos sobre o afastamento ou não dele até a conclusão dos trabalhos. Os vereadores devem anunciar na segunda-feira (25), mesmo dia que o prefeito depõe na comissão, se o afastam ou deixam no cargo até o fim dos trabalhos, que deve acontecer no dia 20 de dezembro.

A comissão tem três integrantes e, até o momento, é possível observar um empate nas intenções dos vereadores. O relator da Comissão Processante, vereador Flávio César (PTdoB), foi o primeiro a se manifestar. Ele é favorável ao afastamento do prefeito para que o trabalho da comissão não seja prejudicado.

O vereador Alceu Bueno (PSL), também integrante da comissão, entende que o prefeito deve continuar no cargo para se explicar e não alegar que a Câmara não está dando oportunidade de defesa. “Vamos ouvi-lo e dar o direito de se defender, para não dar motivos para tentar outra liminar”, avaliou.

O presidente da Comissão Processante, vereador (PMDB), foi o único que não se manifestou. Ele contou que os vereadores devem se reunir hoje e intensificar os trabalhos no fim de semana para fazer o cruzamento de informações necessário para o relatório final.

Na reunião desta sexta-feira os vereadores também vão decidir onde será a oitiva principal com o prefeito, que acontece na segunda-feira. Eles ainda não definiram se será no plenário grande, onde ocorrem as sessões, ou no “plenarinho”.

O pedido de afastamento do prefeito foi solicitado por Raimundo Nonato e Luiz Pedro Guimarães, os mesmos que pediram a abertura da Comissão Processante. Eles alegam que o prefeito pode interferir no trabalho, utilizando, por exemplo, a máquina para cooptar vereadores. Caso a comissão acate a solicitação, precisará de 20 votos no plenário para afastar Bernal. Neste caso, o vice-prefeito, Gilmar Olarte (PP), assume.