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Política

Vereadores admitem desgaste com cassação, mas afastam troca de presidente da Câmara

Os vereadores da Câmara de Campo Grande admitem que o afastamento do presidente, Mário César (PMDB), desgastou a imagem do Poder Legislativo. Todavia, solidários, os colegas defendem a permanência de Mário na presidência por entenderem que é preciso garantir a ampla defesa. O ex-presidente da Câmara, Paulo Siufi (PMDB), acredita que Mário se sentirá mais […]
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Os vereadores da Câmara de admitem que o afastamento do presidente, Mário César (PMDB), desgastou a imagem do Poder Legislativo. Todavia, solidários, os colegas defendem a permanência de Mário na presidência por entenderem que é preciso garantir a ampla defesa.

O ex-presidente da Câmara, Paulo Siufi (PMDB), acredita que Mário se sentirá mais fortalecido após o episódio, já que é o mais prejudicado. Apesar de admitir que toda a situação acaba respingando na instituição, o vereador defende a permanência de Mário César, já que ele não foi julgado pelo Tribunal Regional eleitoral e foi eleito presidente pela maioria.

“Ele deve ficar para o bem da democracia. Tem que ter o direito a defesa. Isso respingou sim na instituição. Mas, o que causou estranheza é o fato disso ter acontecido no momento que vivemos. Será que se fosse alguém da base de sustentação do prefeito (Alcides Bernal-PP) as coisas aconteceriam assim?”, ironizou.

O vereador Elizeu Dionízio (PSL) também é contra a saída de Mário César da presidência e diz que se isso acontecer, será o primeiro a acusar que se trata de um golpe. “Tem que assegurar a ampla defesa. Tem que esperar o julgamento. O Mário foi eleito presidente pela maioria. Alguns chegaram a reivindicar uma nova eleição. Mas, se isso acontecer, eu vou dar o grito que se trata de um golpe”, declarou.

Elizeu Dionízio ressaltou que a insegurança jurídica é causada pelo próprio Poder Judiciário, que concede diploma ao vereador e cassa seis meses depois. Apesar disso, o vereador faz questão de lembrar que o afastamento do presidente não trouxe prejuízo ao Poder Legislativo, já que a Casa continuou funcionando. “Que tem desgaste tem, principalmente nesta hora que pedem renovação na política. Foi uma paulada forte para o Mário, com certeza. Mas, não trouxe problema nenhum”, analisou.

O vereador Paulo Pedra (PDT) também descarta a possibilidade de afastamento de Mário César da presidência. “Em hipótese alguma. Ele foi eleito pelo colegiado e não foi condenado. Ainda vai ser julgado pelo TRE. Em hipótese alguma”, disse.

Na avaliação de Pedra o afastamento não desgasta a Casa. Ele entende que o desgaste está na briga constante entre Executivo e Legislativo, que precisa acabar. Na avaliação do vereador, a briga só terminará quando os Poderes entenderem que é preciso construir uma agenda positiva, com ações que atendam a população, que é a mais interessada nesta união.

A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) também evita polêmica com o colega e ressalta que a liminar dada pela Justiça credencia o vereador a continuar. “A presidência é importante porque representa o Poder Legislativo. Mas, é importante lembrar que a Justiça, que tem responsabilidade com a sociedade, entendeu que deveria conceder a liminar”, justificou.

Apesar de defender a permanência, a vereadora lembrou que a situação serve de alerta para todos em um momento onde a sociedade cobra uma postura ética de todos. “A Justiça é importante para corrigir os excessos”, concluiu.

Mário César foi afastado na terça-feira (25) pela juíza Elisabeth Rosa Baish, da 36ª Zona Eleitoral, por suspeita de compra de votos por meio de doação de combustível. Porém, na quinta-feira (27) conseguiu liminar para permanecer no cargo até que o caso seja julgado pelo TRE. O vereador Mário César foi procurado pela reportagem, mas não atendeu as ligações.

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