A vereadora Juliana Zorzo (PSC) ainda não revelou, pelo menos para a imprensa, o voto dela no pedido de abertura de comissão processante contra o prefeito (PP). Porém, apesar do mistério, sinaliza que deve acompanhar a oposição e apoiar a investigação das irregularidades apontadas pela CPI do Calote.

Durante sessão comunitária no Campo Belo a vereadora não escondeu a insatisfação com a administração e com o protesto orquestrado na terça-feira (8), quando a Câmara votaria o pedido de comissão processante feito por Luiz Pedro Guimarães e Raimundo Nonato.

“O prefeito foi eleito para fazer uma reorganização e o que está acontecendo é uma desorganização. Eu não estou e nem a maioria está satisfeita. Não vamos aceitar safadeza ou manobra suja como na terça-feira, quando vieram gente de Corumbá e de Sidrolândia para a Câmara”, protestou.

Indignada, a vereadora disse que não foi eleita para passar pelo constrangimento da terça-feira, quando moedas foram atiradas em parlamentares. “Tenho emprego e uma família séria. Sempre honrei meu nome. Tenho um trabalho sério e estou aqui para vocês. Para servir, assim como os outros. Fiquei muito sentida”, reclamou.

Na corrida por votos para abertura da comissão processante Juliana é classificada entre os indefinidos, ao lado dos vereadores Carlão (PSB), Dr. Jamal (PR), Rose Modesto (PSDB) e Waldecy Chocolate (PP). O prefeito precisa de 10 dos 29 vereadores para escapar da investigação. Hoje ele tem como votos declarados: Alex do PT, Zeca do PT, Ayrton do PT, Cazuza (PP), João Rocha (PSDB), Luiza Ribeiro (PPS), Gilmar da Cruz (PRB) e Edson Shimabukuro (PTB).

Outros 16 vereadores entendem que é preciso investigar: Paulo Siufi (PMDB), Mário César (PMDB), Carla Stephanini (PMDB), Vanderlei Cabeludo (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Flávio César (PTdoB), Eduardo Romero (PTdoB), Otávio Trad (PTdoB), Chiquinho Telles (PSD), Coringa (PSD), Delei Pinheiro (PSD), Paulo Pedra (PDT), Alceu Bueno (PSL), Elizeu Dionizio (SDD), Grazielle Machado (PR) e Ayrton Saraiva (DEM).