O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) declarou nesta sexta-feira (24) após a posse da promotora de Justiça Sara Francisco Silva, no cargo de Procuradora da Justiça que acredita que o promotor deveria se afastar das investigação pedida pela Comissão de Orçamento da Câmara, que os vereadores têm que trabalhar e que as atenções devem se voltar para a Saúde pública.
Bernal nega que esteja procurando discussões pelas mídias sociais e diz que apenas responde às provocações. Ele se justifica dizendo que o burburinho contra ele não pode chegar à Brasília, por exemplo.
“Como eu vou chegar a Brasília para falar de melhorias sendo que lá pode estar sendo comentado que o promotor de justiça está falando que vai me afastar? Uma mentira repetida mil vezes vira verdade”, defendeu-se.
Sobre a declaração do promotor Alexandre Saldanha, que revela que as investigações podem levar o vice-prefeito a assumir o cargo, caso a Justiça acate o pedido de afastamento dele, Bernal ressaltou que o Saldanha não tem condições de atuar no caso.
“Esse promotor de Justiça, na minha visão, não tem condições de atuar nesta pasta porque ele é ligado a pessoas que tem interesse no insucesso da minha administração. Tanto assim que ao receber o relatório, que tem uma dúvida em relação ao conceito de remanejamento e suplementação, ele já faz questão de dizer que pode vir até a pedir o afastamento do prefeito. Ele cria um clima junto a opinião pública de insegurança constitucional”, declarou.
Em relação à Câmara, Bernal concluiu que os vereadores, ao invés de instaurar uma CPI doCalote, deve cumprir a função deles e trabalhar por Campo Grande, em um ambiente de respeito ao interesse público e de qualidade de serviços. “Não pode se transformar em um palco de interesses pessoas ou de grupos políticos”.
“Eles devem se concentrar na CPI da Saúde, que é um problema extremamente grave. O problema da saúde que exige resposta, irregularidades, escândalo nacional envolvendo personalidades. É precioso concentrar esforços na elucidação dos fatos, é recurso público, custa a vida das pessoas”.
Em relação as supostas ofensas que fez a vereadora Grazielle Machado, o prefeito finalizou a discussão. “A Grazielle tem que trabalhar, eu não vou lá falar nada, eu sou o prefeito de Campo Grande, não fui escolhido para ficar batendo boca, para ficar olhando no olho dela, não é da alçada nem da altura do prefeito de Campo Grande. Eu discuto temas, não discuto pessoas”, garantiu.
