O prefeito eleito em Campo Grande, (PP), não pretende fazer caça às bruxas quando assumir a prefeitura em janeiro de 2013. Bernal revela que ainda não sabe quantos são os funcionários em cargos comissionados na prefeitura, mas vai solicitar um levantamento por meio da comissão de transição.

Com o número de funcionários em mãos, Bernal promete uma análise para ver qual atitude tomar. Porém, já decidiu que preservará os bons funcionários: “Os comprometidos e que desenvolvem um bom trabalho serão reconhecidos. Vou avaliar os casos individualmente”.

O novo prefeito promete chance a indicados de Nelsinho que esquecerem as brigas partidárias, mas demonstra preocupação com os funcionários ligados ao grupo da atual administração. “Alguns poucos podem tentar causar entrave por serem muito ligados ao grupo derrotado na eleição. Mas, acredito no bom senso da maioria”.

A maioria das vagas para comissionados são ocupadas pelo partido que venceu a eleição. Com mais de 20 anos no poder em Campo Grande, o PMDB tem funcionários que ocupam cargos há muitos anos. Os cargos também são preenchidos por aliados. Recentemente, uma polêmica sobre indicações estourou no PTB. O partido é acusado pelos próprios filiados de indicarem funcionários fantasmas no Governo do Estado.

Segundo a denúncia, o governador André Puccinelli (PMDB) estaria abrigando, em cargo fantasma, pelo menos 10 filiados ao partido na Casa Civil. Questionado sobre os funcionários, o presidente do PTB, Ivan Louzada, admitiu que tem funcionários no Governo, mas garantiu que todos trabalham. Indagado sobre a possibilidade de cargo fantasma, Louzada declarou que a responsabilidade pelos funcionários é do Governo do Estado.

Em entrevista ao Midiamax na quarta-feira (14), o diretor-presidente da Agência de Regulação de Serviços Públicos, Marcelo Amaral, disse que não poderia precisar o número de comissionados na Prefeitura. Todavia, admitiu que muitos comissionados ocupam funções importantes na atual administração.