Depois de planejar a indicação do prefeito (PMDB) para a chefia da Casa Civil ou de uma secretaria, o governador (PMDB) recuou e declarou planejar para o peemedebista uma “assessoria especial”. Ele, no entanto, garantiu que o cargo, apesar de ser de segundo escalão, não é sinônimo de rebaixamento.

 

“O Nelsinho não vai para Casa Civil”, disse na quinta-feira (22) em encontro do PTdoB, em Campo Grande. Em 15 de agosto, Puccinelli destacou que “com a experiência que ele (Nelsinho) adquiriu ao longo desse tempo, tem várias oportunidades pela frente, pode ser na chefia da Casa Civil, pode atuar em secretaria de inter-relacionamento do Estado com os municípios”.

 

Ontem, porém, o governador informou que planeja para o prefeito uma “assessoria especial ou alguma outra coisa”. Indagado se a indicação não seria o mesmo que rebaixar Nelsinho, ele declarou: “Não é rebaixar”.

 

Na assessoria especial, Puccinelli já acomodou vários ex-prefeitos do interior do Estado, como Zé Arnaldo (Inocência), Enelvo Felini (Sidrolândia), José Domingos (Ribas do Rio Pardo), Eraldo Leite (Jatei) e Adão Rolim (São Gabriel do Oeste). De cidade um pouco maior, Roberto Hashioka (PMDB), virou diretor-presidente da Agepan, cargo que deixou para voltar ao comando da Prefeitura de Nova Andradina.

 

Ainda sobre a indicação de Nelsinho, o governador frisou não ter pressa para tirá-lo do sereno. “Primeiro ele vai descansar bastante, recuperar as energias e, depois a gente vê”, comentou.

Nelsinho encerra seu segundo mandato de prefeito de Campo Grande dia 31 de dezembro e a indicação para integrar a equipe de Puccinelli seria uma maneira de se manter em evidência a fim de pavimentar sua eleição ao Governo do Estado.