Apesar de negar crise no PMDB, o governador convocou o presidente do partido, Esacheu Nascimento, para reunião, na tarde desta segunda feira (3), na governadoria. O plano é convencê-lo a recuar do projeto de lançar chapa na disputa pelo comando do partido.

Entre a cúpula, é praticamente consenso o nome do deputado estadual Júnior Mochi para substituir Esacheu na presidência da sigla. O dirigente, no entanto, alega contar com o apoio das bases e se mantém firme na disputa.

Diante da insistência, Puccinelli tenta atraí-lo para a mesma chapa de Mochi com a promessa de dar a ele o direito de disputar a presidência no grupo. “Ele pode se apresentar como candidato na nossa chapa”, disse Puccinelli, ignorando a resistência das lideranças peemedebistas.

Ciente de não ter vez na chapa, Esacheu lançou outro grupo para enfrentar a cúpula. O governador, porém, ignora a disputa e afasta racha partidário. “Não tem crise, aposto na conciliação”, declarou.

Neste sentido, ele convocou a reunião entre Mochi, Esacheu e o deputado estadual licenciado, Carlos Marun. “Se vão precisar levar varada de marmelo, eu nãosei, mas de preferência nenhuma”, brincou Puccinelli na torcida pela pacificação.

As divergências no PMDB se agravaram após o partido perder a hegemonia de 20 anos no comando do partido. Esacheu disse que o prefeito saiu fragilizado do processo e a vice-governadora Simone Tebet seria a candidata natural da sigla à sucessão de Puccinelli.

A declaração teve efeito praticamente de uma bomba: Nelsinho ameaçou deixar o PMDB e Simone criticou. Diante dos reflexos da declaração, a cúpula defende a saída de Esacheu da presidência.