Esacheu afirma que tem chapa pronta para concorrer e ela é composta por prefeitos, ex-prefeitos, presidentes e diretores do PMDB. Ele avalia que há um bom número de pessoas simpáticas a sua candidatura e entende que muita coisa pode acontecer

O presidente estadual do PMDB, Esacheu Nascimento, segue firme no propósito de se manter no comando do partido em Mato Grosso do Sul. Esacheu revela que ainda não se reuniu com o governador André Puccinelli (PMDB), mas está convicto de uma coisa: não desistirá de tentar a reeleição e só aceita consenso se for mantido na presidência.

Esacheu afirma que tem chapa pronta para concorrer e ela é composta por prefeitos, ex-prefeitos, presidentes e diretores do PMDB. Ele avalia que há um bom número de pessoas simpáticas a sua candidatura e entende que muita coisa pode acontecer, considerando que o voto é secreto e o grupo é, relativamente, pequeno.

Até o momento, 30 diretórios do PMDB foram homologados no Estado, o que dá direito a 200 pessoas escolherem o presidente. Esacheu acredita que este número pode chegar a 250, com o restante das homologações. O presidente do PMDB garante que não deixará o partido caso perca a eleição e recorda que está no PMDB desde 1976. O PMDB deve publicar na terça-feira o edital com o prazo para registro de chapas.

Na tentativa de convencer Esacheu a desistir, Puccinelli convocou o deputado estadual Junior Mochi (PMDB) e Carlos Marun (PMDB) para uma conversa na tarde de segunda-feira (3). Porém, não conseguiram finalizar por conta de outros compromissos na Governadoria. Ao convocar Esacheu, fazendo a ligação na frente da imprensa, Puccinelli explicou que é preciso consenso e chegou a dizer que se não “intransigir”, Esacheu poderia ser o presidente na chapa única.

A cúpula do PMDB prefere Junior Mochi na presidência. As lideranças ficaram irritadas com Esacheu depois que ele fez uma avaliação de que o partido errou na escolha do candidato em Campo Grande e que o prefeito Nelsinho Trad saiu enfraquecido da disputa, já que foi o coordenador da campanha de Edson Giroto (PMDB). A derrota, na avaliação de Esacheu, tornava a vice-governadora Simone Tebet (PMDB) a candidata natural do partido ao Governo do Estado.

Irritado com as declarações, Nelsinho ameaçou abandonar o partido se não fosse o escolhido e lançou a campanha contra o atual presidente, dizendo que uma reeleição dele significaria que o PMDB não o queria mais. As ameaças de Nelsinho desagradaram Simone. A vice-governadora declarou que não brigaria por cargos e rebateu Nelsinho, dizendo que era peemedebista e não abandonaria o partido se não fosse escolhida.

Nelsinho ganhou o apoio do senador Waldemir Moka (PMDB), do deputado Carlos Marun (PMDB) e do irmão, Fábio Trad (PMDB), na defesa de uma oxigenação no partido. O pedido de oxigenação, por sua vez, não agradou Esacheu, que prontamente rebateu, avaliando que “as pessoas que falam em oxigenação estão expelindo gás metano”. Esacheu defende um partido onde todos sejam donos e com decisões coletivas.