“Para brigar comigo é preciso muito esforço”, afirmou o senador mineiro sobre retaliação anunciada pelo prefeito Nelsinho para 2014

Em entrevista coletiva, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) ignorou as ameaças de retaliação do PMDB por conta do projeto de candidatura própria dos tucanos na Capital e deixou claro agir de forma serena e cautelosa para evitar guerra com os peemedebistas sul-mato-grossenses. “Para brigar comigo é preciso muito esforço”, declarou.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos (PMDB), e o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) avisaram que a visita de Aécio à Capital para lançar a pré-candidatura de Azambuja joga o PMDB no palanque da presidente Dilma Rousseff (PT) na corrida pela sucessão presidencial, em 2014.

Além disso, a cúpula do PMDB cogita o retorno do secretário estadual de Habitação e Cidades, Carlos Marun (PMDB), para diminuir o peso político do deputado estadual professor Rinaldo (PSDB) na disputa eleitoral. Com o retorno de Marun, o tucano, primeiro suplente da coligação, perde a cadeira na Casa de Leis.

O senador Aécio Neves minimizou as ameaças. “Vamos dar tempo ao tempo, espero continuar conversando (com o PMDB), não podemos deixar de conversar”, defendeu. Ele destacou ainda que divergências municipais não podem se estender a 2014. “O momento é de eleição municipal e”, frisou. “E aqui (em Campo Grande) vamos disputar com o Azambuja, um dos homens mais preparados na nova geração do PSDB”, emendou.

Aécio ainda frisou, em diversas situações, respeitar o PMDB e ser grato pelo apoio do partido ao PSDB em eleições anteriores. “Tenho muito respeito pelo governador Andre Puccinelli (PMDB) e pelo prefeito Nelsinho Trad (PMDB)”, destacou.

Ele ainda negou ter sido procurado, em Brasília, pelo governador ou pelo prefeito para discutir a possibilidade de convencer Reinaldo a abandonar a pré-candidatura em troca da manutenção da aliança com o PMDB no Estado em eventual disputa pela sucessão de Dilma. Aécio e cotado para concorrer à Presidência da Republica. “Tenho diálogo franco com eles e nunca houve intromissão”, disse.