Uma comissão de agentes de saúde em greve visitou os gabinetes da Câmara de Campo Grande nesta sexta-feira (18) para pedir ajuda material aos vereadores. Foram protocolados ofícios solicitando a colaboração por causa do corte nos salários de alguns trabalhadores, o que segundo eles tem prejudicado suas famílias.
No documento não está especificada a forma de colaboração, mas verbalmente pediu-se qualquer tipo de auxílio – seja em cestas básicas ou alimentos. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública (Sintesp), Amado Cheikh, afirmou que nenhum vereador se manifestou ainda acerca do pedido, mas espera contar com a solidariedade.
“Temos vários casos em que o marido e a esposa são agentes de saúde, e eles estão em situação muito difícil porque não têm outra fonte de renda”, disse. O líder do movimento grevista estima que 60% dos trabalhadores permanecem de braços cruzados.
A greve dos agentes de saúde em Campo Grande teve início em 4 de janeiro e já dura 45 dias. Os profissionais reivindicam da prefeitura melhores condições salariais – o piso médio é de R$ 700 – e de trabalho.
No mês passado, o Tribunal de Justiça concedeu liminar ao município decretando a volta imediata dos agentes ao trabalho. Em caso de descumprimento da medida, o Sintesp terá de pagar multa diária de R$ 25 mil.
Em outras ocasiões os grevistas estiveram na Câmara para pedir apoio político aos vereadores na articulação da retomada do diálogo com a prefeitura. Os agentes paralisados também contaram com apoio da Federação dos Trabalhadores em Educação (Fetems), que emitiu nota de repúdio sobre o caso. (Colaborou Vinicius Squinelo)
