O deputado estadual e presidente do Partido Progressista, , em resposta às críticas desferidas contra ele, do plenário da Câmara de Vereadores, pelo vereador Lídio Nogueira Lopes (PP), corroboradas pelo presidente da Casa, Paulo Siufi, foi lacônico em suas colocações, mas preferiu não se estender sobre o tema, evitando, inclusive comentar o aparte de Paulo Siufi.

“Eu tenho sido alvo de preocupação do governador, do prefeito, e fiquei sabendo através do Midiamax, que o Lídio, que é do meu partido, que já trabalhou com o Giroto quando foi candidato a deputado estadual, fez dobradinha com o deputado Giroto, por isso o Lídio está sendo processado por falta de ética, dentro do partido. O Antônio Cruz, o ex-presidente defendia que ele deveria ser expulso do partido por não agir com ética. O Lídio tem essa posição que vem sendo marcada com o propósito de tentar gerar um atrito comigo. Mas eu reconheço que aqueles que não têm argumentos, agridem. E, não vou me rebaixar a esse nível”, disse Bernal.

Em relação às críticas que teria desferido em seu programa quanto à ‘Lei das Conveniências', conforme citado pelo vereador Lídio e que provocou mal estar entre os vereadores que votaram a favor da lei, Bernal explica “O próprio Lídio nomina a lei como um projeto das conveniências, condenando gente que trabalha. Condenando pessoas que pagam seus impostos, que contratam, que atendem com o seu mister, o objetivo da pequena, da micro empresa. Nós já temos a lei do silêncio, nós já temos a lei seca, agora, criar uma lei exclusivamente para a conveniência, é um equívoco que eu, sinceramente, não concordo, mas eu entendo. Eu não sou contra a atitude dos vereadores, todos eles, seja quem votou contra ou quem votou a favor do projeto, que é de buscar uma solução. Para um problema que está instalado. Que é a zorra, a farra, a bagunça, exposição de corpos seminus, strip tease em via pública, agressão física, consumo de bebida, e até outras drogas ilícitas. Eu sou daqueles que defendem que é preciso combater isso. Isso é um mal que precisa ser combatido. Agora, se fizessem a prevenção, não haveria a necessidade de repressão, mas já que não fazem, que façam a repressão”, enfatizou.

O deputado cobra uma ação efetiva das autoridades e diz que espera muito da esfera administrativa municipal, que tem essa competência, e também ações, como tantas que foram realizadas, de segurança pública. Lembra que os problemas acontecidos em vias públicas são de responsabilidade do poder público. “Este problema existe por falta de fiscalização.  Não há uma fiscalização necessária. Há uma sensação, também de impunidade. Então, tudo isso somado, geram condições para que esses fatos existam e se repitam cada vez mais. Veja só, está em via pública, então, todos vêm, agora, punir o comerciante, aquele que gera emprego, aquele que gera renda, aquele que obteve alvará, aquele que paga seus impostos, por uma situação que está ocorrendo na calçada, ou na rua, para fazer com que ele assuma a responsabilidade, que é do Estado”, defendeu.

O problema existe e necessita de solução, mas Bernal acredita que alguns agiram equivocadamente, com justa motivação, mas que pode vir a gerar situações injustas. “Então, o que eu critico? É você querer culpar o comerciante pelo consumo da bebida. É um produto lícito, todos têm o direito de comercializar, a partir do momento em que cumpriu com as obrigações necessárias para abrir uma empresa, colocá-la em funcionamento, obteve os alvarás, recolheu os tributos todos, obteve autorização do poder público para funcionar, ele está dentro do que determina a lei. E ai, quem tem que aplicar a lei são os entes, seja o poder público estadual, seja o municipal”, finalizou.

A cobrança por ações concretas de fiscalização, de repressão, com apoio do judiciário para que, num esforço conjunto se processem de forma rápida e dentro do que a lei permite. Que se puna quem dirige alcoolizado, que se multe quem ouvir som automotivo acima do permitido e que seja divulgado para que atinja seu caráter pedagógico são pontos de vista defendidos por Alcides Bernal, que enfatiza que Campo Grande não é terra de bagunça, de farra, onde a população tenha que convier com este tipo de barbaridade.