O deputado federal Geraldo Resende (PMDB) não é mais pré-candidato à prefeitura de Dourados, segundo ele mesmo informou. “Ontem na reunião do PMDB retirei minha postulação e pedi para meu nome sair da pesquisa qualitativa e quantitativa para o prefeito de Dourados”, escreve agora há pouco em sua página pessoal no microblog Twitter.

A decisão de Resende abre caminho para uma possível aliança do PMDB com o vice-governador Murilo Zauith (DEM), o que segundo informações de bastidores seria o desejo do governador André Puccinelli (PMDB). Publicamente, o chefe do Poder Executivo diz apenas que acatará a decisão do partido seja qual for.

O PMDB decidiu fazer pesquisas junto à população de Dourados para escolher seu candidato à prefeitura. Segundo informações, constam da sondagem que está sendo realizada pela legenda nomes como o da prefeita em exercício Délia Razuk, do presidente municipal da sigla Waldir Monaretto e do secretário municipal de Obras Antonio Nogueira. O resultado da consulta deve ser conhecido amanhã, dia 19.

No entanto, com Resende (liderança de maior peso político da pesquisa) fora do páreo, a expectativa é de que o nome que melhor despontar no levantamento seja oferecido a Murilo Zauith como uma sugestão de vice. Para os democratas, ceder a vaga de vice aos peemedebistas é uma possibilidade vista como natural, tendo em vista o tamanho do partido.

Conforme Resende, a decisão de deixar a disputa surgiu a partir de “conversas com amigos, lideranças políticas e prefeitos de outros municípios” que defenderam a continuidade dele em Brasília. “Eles consideraram que meu mandato imprescindível para Dourados e região. O interesse de Dourados e toda região está acima de projetos pessoais”, explicou Resende. “Eu quero o melhor para Dourados vou continua trabalhando muito em Brasília”, completa.

As eleições extraordinárias de Dourados estão marcadas para 6 de fevereiro. O novo pleito foi convocado em razão da renúncia do ex-prefeito Ari Artuzi (sem partido) e de seu vice Carlinhos Cantor (sem partido). Os dois estiveram presos por suposto envolvimento em esquema de fraudes em licitações e distribuição de propinas desmantelado na Operação Uragano, da Polícia Federal.