O governador reeleito , do PMDB, discursou por 17 minutos no evento que contou com a participação do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin e do vice de José Serra, Índio da Costa, no início da noite de hoje, em Campo Grande.

Puccinelli gastou quase todo o tempo de sua fala para atacar o PT regional, que o teria “caluniado” durante a campanha. Já a Serra, ele pediu votos por duas vezes, perto do final do discurso.

O governador, como costuma fazer em discursos com grandes platéias, chorou, esbravejou e perdeu a voz. O evento aconteceu na Associação Nipônica, na saída para Três Lagoas.

Puccinelli disse que sentiu “raiva” durante a campanha por ter sido, segundo ele, atacado injustamente. Ele batia nos pulsos a cada instante que recordava do período eleitoral aqui no Estado.

Em um trecho de sua fala, o governador disse ter chamado numa ocasião a presidenciável Dilma de “ex-fada madrinha”, expressão que, segundo ele, por conta de seus adversários, ganhou um novo significado depois: “bruxa madrinha”.

Puccinelli disse que quis retrucar a versão, mas que “não fez isso em nenhum momento”.

No primeiro turno, o governador reeleito não citou uma sequer vez o nome de Serra em seu programa eleitoral. Pelo contrário, exibiu imagens em que ele aparecia ao lado de Lula e de Dilma.

E ele disse no início da campanha que seu candidato era o tucano. Com o fim da disputa, já reeleito, ele voltou a dizer que apoiava Serra.

Já o discurso do governador eleito de São Paulo foi mais calmo. Ele disse que seu estado é parceiro de Mato Grosso do Sul, recordou que aqui Serra venceu Dilma no primeiro turno e pediu mais votos ao tucano.

O vice-governadora eleita Simone Tebet, do PMDB, também participou do ato pró-Serra.