Defesa de colombiano diz que semáforo estava desligado no momento do acidente que matou Matheus

Carlos foi levado para o presídio depois de não conseguir pagar fiança de R$ 50 mil

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Acidente vitimou Matheus
Acidente vitimou Matheus

A defesa de Carlos Hugo Naranjo, de 32 anos, disse ao Jornal Midiamax que o semáforo do cruzamento da rua Guia Lopes com a Avenida Salgado Filho estava desligado no momento do acidente entre a Mercedes e a motocicleta que era conduzida por Matheus Frota, de 27 anos, que morreu no local da colisão.

Segundo a advogada Valda Nóbrega, a descoberta do semáforo desligado foi constatada nessa quinta-feira (3) pela defesa, mas quando preso Carlos havia afirmado que acelerou no amarelo para dar tempo de passar, o que foi confirmado pela defesa dele. Mas, uma testemunha que passou pelo cruzamento disse que o sinal estava verde para ele, quando atravessou ouvindo em seguida o barulho da colisão logo atrás.

A defesa vai tentar pedir a redução da fiança em 30% ou a penhora da Mercedes como garantia da fiança que foi arbitrada em R$ 50 mil pela Justiça em audiência de custódia. 

A família chegou a levantar o valor de R$ 15 mil na tentativa de soltar Carlos Hugo, que foi transferido para um presídio de Campo Grande nessa quinta (3). Se a defesa conseguir a penhora ou a redução de 30%, Carlos deverá usar tornozeleira eletrônica e também entregar o passaporte.

O advogado Renan Nóbrega, que também atua na defesa de Carlos, disse que o visto do colombiano não estaria vencido e que só teve acesso na manhã desta quinta-feira (3), já que todos os documentos estavam com a esposa. Nóbrega ainda afirmou que o visto de Carlos está com validade até setembro de 2023.

Depoimento

Em depoimento logo após ser preso, Carlos Hugo disse que o sinal estava verde para ele, quando passou no cruzamento da rua Guia Lopes com a avenida Salgado Filho. O colombiano ainda relatou que estava com mais três amigos dentro da Mercedes e que sentiu uma batida forte do seu lado, continuando pela rua e parando só após algumas quadras.

Após parar, os três amigos desceram, sendo que dois moram na região do bairro Aero Rancho. Depois de deixar os amigos, Carlos falou que saiu desesperado ao ver o estrago em sua Mercedes, dirigindo sem rumo. O colombiano ainda afirmou que não viu qual veículo havia batido em seu carro e que o sinal estava verde para ele.

Segundo informações passadas por um sargento da Polícia Militar que prendeu Carlos Hugo em Rochedo, ele contou que estava em uma tabacaria com amigos e que havia bebido whisky e cerveja, mas não disse a quantidade. A Mercedes estaria entre 80 e 100 km/h. Em depoimento, Carlos ainda afirmou que não estava bêbado. Ele teria chegado a perguntar para o sargento qual seria a pena no Brasil para crimes de trânsito.

Carlos Hugo foi autuado por homicídio simples na forma tentada, homicídio culposo na direção de veículo automotor e omissão de socorro.

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