Apesar de redução, motociclistas são maioria dos mortos no trânsito

Campanha de conscientização começou neste mês

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A quinta edição do Maio Amarelo, campanha que chama atenção da sociedade para o alto índice de mortos e feridos no trânsito, foi oficialmente lançada nesta sexta-feira (4), em Campo Grande. De acordo com dados divulgados pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), foi registrada redução dos óbitos de 46,97%, entre 2011 e 2017 na Capital, caindo de 132 mortes em 2011 para 70 em 2017.

Apesar do cenário de redução nas mortes, os motociclistas são a maioria dos mortos no trânsito, segundo a Agetran. Somente neste ano, até abril, dos 27 mortos em acidentes, 13 estavam em motocicletas. Os pedestres vêm logo atrás, com sete óbitos, seguidos pelos ciclistas (4 óbitos). Condutores, passageiros e vítima não identificada somaram 1 morte cada um.

De acordo com o diretor da Agetran, Janine de Lima Bruno, campanhas como o Maio Amarelo são importantes para ‘despertar consciência’. “A consciência é importante porque a gente procura asfaltar, colocar redutores de velocidade, quebra-molas e tartarugas, mas, não tem sido suficiente. Buscamos trazer a sociedade para participar, porque se deixar só para os órgãos, não vamos vencer a batalha”, diz Janine.

Apesar de redução, motociclistas são maioria dos mortos no trânsito
Campanha foi lançada nesta sexta-feira (4).

Ações do Maio Amarelo

No calendário do Maio Amarelo são previstas outras ações, segundo a chefe de fiscalização da Agetran, Ivanise Rota. No sábado (5) haverá ação na praça do Colégio Militar e, no dia 13, na região do Santuário Perpétuo Socorro, para entregar rosas amarelas para as mães. “É importante é convidar a sociedade para participar. São 80 escolas com ações de conscientização, palestras em empresas e canteiros de obra. O trânsito é coletivo e cada um deve fazer a sua parte”, afirma Ivanise.

Segundo a chefe de fiscalização, entre as principais causas de acidentes na Capital estão o excesso de velocidade, os motoristas alcoolizados, os condutores sem CNH e as batidas na contramão da direção. “Daqui a dez dias terá o pregão presencial e a empresa vencedora vai instalar os radares”, adianta. “A fiscalização é importante para impedir esses acidentes. Nesse feriado não teve nenhum óbito”, completa Ivanise.

Apesar de redução, motociclistas são maioria dos mortos no trânsito
Autoridades participaram da ação

Aumento na frota

O presidente do Detran MS (Departamento Estadual de Trânsito) Roberto Hashioka esclareceu que Mato Grosso do Sul tem frota de 1,5 milhão de veículos e que campo Grande concentra um terço dessa frota. “A campanha tem ajudado a diminuir o número de acidentes, mas, ela deve continuar, pois, a tendência é aumentar a frota a cada ano”, destaca Hashioka.

O coronel Waldir Ribeiro Acosta, representou o secretário Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul e comentou sobre a divulgação feita pelos motoristas a respeito de blitzen em redes sociais.

“Observamos nas redes sociais que as pessoas informam quando há uma blitz. Isso não pode acontecer, a blitz não existe para reprimir, vamos orientar e salvar vidas. Tudo passa pelo comportamento. Ao aumento da frota anual é entono dos 7% e o efetivo não acompanha. A maioria dos acidentes é de motociclistas não habilitados.

Conforme o comandante do Bptran (Batalhão de Trânsito da Polícia Militar), tenente-coronel Franco Alan, as vias que mais registraram acidentes com morte são Afonso Pena, Prefeito Lúdio Martins Coelho e Duque de Caxias. “São vias bem sinalizadas, bem policiadas e falta conscientização”, explica o militar.

O prefeito Marcos Trad (PSD) relatou que diariamente a Prefeitura recebe o pedido para a instalação de redutores de velocidades nas ruas da Capital. “Recebemos diariamente indicação para colocar quebra-molas e redutor de velocidade. A tartaruga e o quebra-molas pequeno já não servem mais. Agora, temos que colocar quebra-molas cada vez mais elevados. Onde vamos parar?”, questionou.

O prefeito disse ainda que não gostaria de utilizar os radares neste momento, pois ‘mexe com o bolso do cidadão’. “Eu não gostaria de utilizar o radar nesse momento, pois mexe com o bolso do cidadão. Em um momento de crise como esse não seria o ideal. Mas, entre bolso e vidas, preferimos o radar, pois diminui o número de leitos ocupados”, afirmou Trad.

Apesar de redução, motociclistas são maioria dos mortos no trânsito
Prefeito Marcos Trad participou do lançamento de campanha.

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