O operador de guindaste José Walter Joaquim, que içava a última peça da cobertura do estádio do Corinthians, o Itaquerão, quando ocorreu o acidente que matou duas pessoas no último dia 27, negou ter falhado durante a operação e disse que aguarda a perícia técnica para saber o que provocou a queda da grua. O prestou depoimento nesta quarta no 65º Distrito Policial, em Itaquera, zona leste paulistana.

“Ele não tem uma explicação exata para o que ocorreu. Fizeram todo um planejamento para o trabalho, segundo ele”, disse o delegado Luiz Antônio da Cruz, responsável pelas investigações.

De acordo com o depoimento, um plano de trabalho feito pela Construtora Odebrecht e validado pela empresa Locar, que operava o guindaste, mostrou que as condições técnicas de vento, chuva e solo eram favoráveis para o trabalho naquele dia. “Não tinha problemas com o solo, o tempo estava bom e ele disse, inclusive, que fez os outros 37 içamentos da obra”, informou o delegado.

Segundo Luiz Cruz, o operador disse ainda que tentou várias vezes colocar a peça no local, mas não foi possível. Em seguida, o supervisor da operação pediu para que saísse do guindaste.