Filha de uma das vítimas fatais no acidente ocorrido no Itaquerão, na semana passada, Karen Pereira declarou à rede de notícias Al Jazeera que o pai alertava sobre o risco de morrer durante o trabalho. Fábio Pereira tinha 42 anos e era operador de guindaste.

Segundo relatou Karen, o pai era uma pessoa feliz, surpreendendo a família ao declarar o risco de morrer nas obras da arena corintiana.

“Um dia meu pai disse para nós: Eu tenho um trabalho muito difícil. Eu acho que eu vou morrer trabalhando. Eu estou certo disso”, disse Karen, uma das três filhas de Fábio Pereira.

O operador de guindaste foi atingido por peça metálica de mais de uma tonelada que caiu de um setor do Itaquerão. Ex-chefe de Pereira, Adilson Santos reforça. “Ele temia que algo como isso pudesse acontecer”.

A outra vítima fatal foi Ronaldo Oliveira Santos, de 44 anos. As causas do acidente ainda não foram informadas. São três as principais hipóteses: deslizamento do solo, falha humana e falha mecânica.

Escolhido pela Fifa para abrigar a estreia da Copa do Mundo, o estádio segue com garantias para o torneio mesmo após ao acidente.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter confia que o Itaquerão esteja pronto para o Mundial.

“Um evento muito triste foi um acidente porque temos que lamentar a perda de duas pessoas. Considerando o dano, temos certeza de que ficará pronto”, afirmou Blatter.

A Fifa tem poucas informações sobre os possíveis danos que o acidente provocou na estrutura do estádio. A empreiteira responsável pela obra, Odebrecht, informa que não houve comprometimento da estrutura.

“Recebemos um relatórios de que há pequenos atrasos. Mas é tão pequeno que temos certeza de que estará tudo pronto”, disse ele, sobre todas as arenas.