Um jovem de 21 anos morreu após passar mal em Campo Grande após consumir destilados como whisky e cachaça no último final de semana. O rapaz foi levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Universitário, mas não resistiu.
Segundo informações repassadas ao Jornal Midiamax, ele chegou para atendimento sentindo desconforto no estômago, náuseas e chegou a vomitar um líquido escuro. O rapaz estava consciente, respondia às perguntas e com pressão estável.
Porém, pouco tempo depois, o quadro piorou de forma repentina e o jovem não resistiu. Ele ainda passou por duas tentativas de reanimação, mas sem sucesso. O corpo foi encaminhado para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), onde exames toxicológicos vão apontar a causa da morte.
A Polícia Civil abriu investigação para descobrir se houve relação com o consumo das bebidas, como as adulteradas com o metanol.
O caso é acompanhado pela Decon (Delegacia do Consumidor), segundo a Polícia Civil, que recolheu 13 frascos de bebida na casa da família para análise.
Neste caso, não há confirmação de que tenha alguma relação com os casos de intoxicação por metanol registrados no Brasil, mas exames toxicológicos vão apontar a causa da morte. Segundo o boletim de ocorrência, há a solicitação para ‘que seja verificada eventual intoxicação, inclusive por metanol, sendo encaminhado o corpo ao IML para exame necroscópico’.
A reportagem também entrou em contato com a SES (Secretaria de Estado de Saúde) para saber como a secretaria vai proceder nesses casos suspeitos e aguarda posicionamento.
Casos de intoxicação por metanol
O aumento de notificações de intoxicação por metanol nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil acendeu um alerta em Mato Grosso do Sul, mesmo sem registros semelhantes no Estado. Para quem não abre mão da bebida no fim de semana, a principal recomendação é redobrar os cuidados e desconfiar de produtos vendidos a preços muito abaixo do mercado, que podem indicar sonegação, adulteração ou até risco de contaminação.
Em Mato Grosso do Sul, somente neste ano, o Procon-MS (Secretaria Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor) notificou nove estabelecimentos por comercializar produtos suspeitos. A lista inclui principalmente destilados como gin, uísque e vodca.
Até o momento, o país registrou seis mortes e 59 notificações por suspeita de intoxicação por metanol. Como não há métodos simples como cor e cheiros que indiquem a presença de metanol em bebidas, o Procon-MS divulgou algumas orientações aos consumidores: