Rose Antônio de Paula, de 41 anos, iria voltar para Bonito, sua cidade natal, neste sábado (28). Entretanto, acabou morta com um corte profundo no pescoço, causado por um facão e o principal suspeito, identificado como Juliano P. O., de 38 anos, está foragido.
O crime aconteceu em Costa Rica, onde mora o suspeito. Já Rose passava alguns dias com o companheiro. Ela pretendia voltar hoje para a cidade turística, mas foi encontrada morta por amigas. Segundo o site MS Todo Dia, o corte foi tão grande que Rose quase acabou decapitada.
O suspeito é natural de Minas Gerais, mas mora há muitos anos em Costa Rica. Ele e Rosa mantinham um relacionamento conturbado, com histórico de violência. Juliano tem passagem pela polícia por agredir Rose.
Tanto Rose quanto o suspeito têm filhos de relacionamentos anteriores, mas nenhum deles mora em Costa Rica.
Conforme a imprensa local, o autor chegou à residência por volta das 20h desta sexta-feira (27) e saiu sozinho pouco depois das 21h. Já nesta manhã, a ausência de Rose chamou a atenção das mulheres com quem ela costumava tomar café da manhã em um restaurante vizinho ao local do crime.
Sem conseguir contato telefônico, elas se dirigiram até o local e encontraram uma mancha de sangue saindo por debaixo da porta. Ao entrarem, se depararam com Rose caída com muito sangue ao redor.
A Polícia Civil de Costa Rica segue com a investigação e busca pelo suspeito, que fugiu do local do crime em uma motocicleta vermelha e até o momento permanece foragido.
Mato Grosso do Sul registrou 17 feminicídios em 2025
Até o momento, Mato Grosso do Sul registra 17 feminicídios neste ano de 2025. No último dia 20 de junho, Doralice da Silva, de 42 anos, foi assassinada a facadas pelo ex-namorado, Edemar Santos Souza, de 31 anos, em Maracaju, a 158 quilômetros de Campo Grande.
Além dela e Rose, outras 15 mulheres foram vítimas de feminicídio em MS.
Feminicídios:
- Karina Corim (Caarapó) – 4 de fevereiro
- Vanessa Ricarte (Campo Grande) – 12 de fevereiro
- Juliana Domingues (Dourados) – 18 de fevereiro
- Mirielle dos Santos (Água Clara) – 22 de fevereiro
- Emiliana Mendes (Juti) – 24 de fevereiro
- Gisele Cristina Oliskowiski (Campo Grande) – 1º de março
- Alessandra da Silva Arruda (Nioaque) – 29 de março
- Ivone Barbosa (Sidrolândia) – 17 abril
- Thácia Paula (Cassilândia) – 11 de maio
- Simone da Silva (Itaquiraí) – 14 de maio
- Olizandra Vera Cano (Coronel Sapucaí) – 23 de maio
- Graciane de Sousa Silva (Angélica) – 25 de maio
- Vanessa Eugênio Medeiros e a filha dela, Sophie Eugenia Borges (Campo Grande) – 28 de maio
- Eliana Guanes (Corumbá) – 6 de junho
- Doralice da Silva (Maracaju) – 20 de junho
- Rose (Costa Rica) – 27 de junho
📍 Onde buscar ajuda em MS
Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos finais de semana.
Além da DEAM, funcionam na Casa da Mulher Brasileira a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. É possível ligar para 153.
☎️ Existem ainda dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190. Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – 180 é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em todo o Brasil, mas não serve para emergências.
As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os finais de semana e feriados, já que a violência contra a mulher é um problema sério no Brasil.
Já no Promuse, o número de telefone para ligações e mensagens via WhatsApp é o (67) 99180-0542.
📍 Confira a localização das DAMs, no interior, clicando aqui. Elas estão localizadas nos municípios de Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.
⚠️ Quando a Polícia Civil atua com deszelo, má vontade ou comete erros, é possível denunciar diretamente na Corregedoria da Polícia Civil de MS pelo telefone: (67) 3314-1896 ou no GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), do MPMS, pelos telefones (67) 3316-2836, (67) 3316-2837 e (67) 9321-3931.
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