Um dos suspeitos de matar Valdinei Marcos da Silva na BR-060, entre Jardim e Bela Vista, é Alexandre Manzona, Mister Mato Grosso do Sul. Ele representaria o estado em um concurso brasileiro em Santa Catarina.
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Os policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) prenderam ele e um ex-policial civil, de 55 anos, horas depois do homicídio nesse domingo (9).
Valdinei foi assassinado aos 39 anos com tiros de espingarda Cal 12 CBC Military na tarde desse domingo (9), na região do Goiabal. O motorista estava conduzindo a van no sentido Jardim ao município de Bela Vista. Então, a dupla o abordou em outro veículo e atirou várias vezes.
Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, Alexandre representará o estado no Mister Brasil CNB 2025 em abril deste ano em Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
Segundo a publicação do Mister Brasil CNB, Alexandre é natural de Posse, em Goiás. No entanto, mora em um sítio em Amambai, a 351 quilômetros de Campo Grande. A carreira no esporte começou em 2015, quando o suspeito participou de um campeonato de fisiculturismo.
Se mudou e voltou para MS
Depois, Alexandre se mudou da cidade sul-mato-grossense, mas retornou no ano de 2020. Dois anos depois, o suspeito voltou a participar de competições e no fim do ano passado passou a competir em concursos de beleza. Um deles é o Mister Brasil CNB, no qual o suspeito é o representante de Mato Grosso do Sul.
“Eu nunca perdi na minha vida. Ou eu venci, ou eu aprendi, independentemente de quão cara foi a lição a ser aprendida”, é uma das frases que motiva o Mister MS, de acordo com a publicação.
Nas redes sociais, a última postagem no perfil do concurso Mister MS foi dois dias antes da prisão de Alexandre. Na foto, o suspeito carrega uma bandeira de Mato Grosso do Sul. Ele também diz que sente orgulho em carregar a força e a beleza do estado.
Apesar da prisão nesse domingo (9), os perfis do concurso ainda não se manifestaram sobre o fato que envolve Alexandre. Isso, considerando que ele é um representante sul-mato-grossense confirmado para o evento em abril.
Mister MS e ex-policial civil se acusaram mutuamente
Os dois autores estavam em um Fiat Toro quando os militares os prenderam. Durante a busca no veículo, os policiais encontraram a suposta arma do crime, sendo uma espingarda Cal 12 CBC Military, além de quase R$ 9 mil em espécie e um capuz “bala clava”.
Alexandre – proprietário da arma e do Fiat Toro – alegou que o ex-policial civil o coagiu para que alugasse o carro e a arma para que pudesse cobrar uma dívida de uma pessoa em Jardim. Já o ex-policial afirmou que Alexandre foi o motorista responsável pelos disparos em Valdinei.
Ambos acabaram se acusando mutuamente, mas sobre a dinâmica os dois contaram a mesma versão, de que os tiros atingiram a vítima com a Van ainda em movimento na rodovia BR-060, no sentido Bela Vista, e depois por mais vezes. Em seguida, fugiram para Amambai.
Ex-policial civil demitido
O ex-policial preso pelo crime foi demitido em 2018, por práticas de irregularidades administrativas depois de regular Processo Administrativo Disciplinar, não tendo nenhum vínculo com a PCMS, inclusive estava com tornozeleira eletrônica de fato criminal recente no estado do Paraná, onde responde por tráfico de drogas.
Assassinato na BR-060
Segundo publicou o site local, o crime aconteceu no Km 16 da rodovia, quando a van seguia no sentido Jardim ao município de Bela Vista. O motorista teria sido abordado por um veículo, momento em que os autores desceram e efetuaram diversos disparos de calibre 12 na cabeça dele.
Em seguida, equipes de PM (Polícia Militar), PRF (Polícia Rodoviária Federal), Polícia Civil e Perícia foram acionadas para o local. Uma mulher que estaria ao lado do motorista na van está sendo ouvida pelos policiais.
Ainda de acordo com a imprensa local, o motorista teve o rosto desfigurado devido aos disparos.
Câmeras de segurança ajudaram a localizar os autores
Uma análise de câmeras de segurança de postos de combustíveis e comércios nas imediações da BR-060, onde ocorreu o crime, forneceu detalhes cruciais sobre a trajetória dos criminosos, facilitando a elucidação.
Além disso, as equipes de investigação estão em contato com as forças de segurança que atuam na fronteira. Isso, para verificar se os presos têm qualquer vínculo com atividades ilícitas além do homicídio, como o tráfico de drogas ou o contrabando.
Em comunicado à imprensa, o comandante da Polícia Militar de Jardim, Tenente Coronel José Ribeiro, destacou “a importância da cooperação entre as forças policiais para combater a violência e a criminalidade”.
Os moradores, por sua vez, seguem apreensivos e, em muitos casos, relatam uma sensação de insegurança crescente. Muitos temem que o episódio seja apenas o início de uma onda de violência mais intensa na região. Diante disso, alguns pedem mais presença policial, com mais patrulhamentos.
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